Governador altera sistema de divulgação das bandeiras de distanciamento

Para dar uma oportunidade de discussão sobre os dados e as consequentes bandeiras do Distanciamento Social Controlado antes de entrarem em vigor, o governador Eduardo Leite decidiu antecipar a coleta de dados da propagação do coronavírus e da capacidade de atendimento de saúde. Ela passará a ocorrer na quinta-feira, com a rodada dos números nas sextas. A partir disso, será aberto um prazo até as 8h da segunda-feira seguinte para que os municípios apresentem eventual divergência nos números.

Na sequencia, a sistemática do modelo que define as restrições ou flexibilizações dentro das cidades gaúchas passa a incluir nova etapa: uma reunião do Gabinete de Crise, na mesma segunda-feira pela manhã, para analisar os dados e decidir se o recurso dos municípios é pertinente. No mesmo dia, à tarde, o governador fará o anúncio definitivo do mapa, que será vigente a partir de terça e até a segunda-feira posterior.

“O modelo é inovador. Como foi desenvolvido a partir de inúmeras referências, mas não tem algo similar que possa nos orientar a operação, estamos aprendendo com o funcionamento, semana a semana, conversa a conversa. Este processo de ponderação e diálogo tem nos levado a calibragens, deixando o modelo ainda mais forte e confiável, com a possibilidade de promover um aprimoramento constante das suas regras. Por isso, anunciamos uma mudança na governança do modelo”, justificou o governador.

A mudança é resultado do apelo de muitos prefeitos que, com a rodada de dados do último sábado, dia 13, acabaram na bandeira vermelha e com uma série de restrições, especialmente ao funcionamento do comércio. Muitos chefes de executivo municipais buscaram Eduardo Leite para apresentar situações que, em seu entender, não se enquadravam com a imposição das regras mais duras. Cidades do Vale do Caí, como Bom Princípio e Feliz – que ficaram separadas de Montenegro e da maioria da região, por terem referência em saúde em outras cidades – estão entre elas.

“É fundamental que os dados representem exatamente aquilo que estão vivenciando nas cidades. As informações precisam estar bem apuradas e respaldadas para que possamos rodar o modelo com precisão e ter uma estratégia realmente efetiva de enfrentamento ao coronavírus, fazendo as restrições na proporção necessária, não mais nem menos, para mantermos o equilíbrio de preservação da vida com a atividade econômica”, adicionou Leite.

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