Orientação é estar atento ao ser abordado com ofertas irrecusáveis
Autoridades policiais costumam dizer que iniciativas criminosas são inteligentes e de fácil adaptação. Quando as ações policiais concentram as atenções em um tipo de ilegalidade, os criminosos acabam migrando para outro. Casos de relatos em que uma pessoa foi vítima de um golpe de bilhete premiado ou de falso sequestro, são noticiados constantemente e, por conta disso, alertam a população, que acaba ficando atenta e não permitindo que golpes desta natureza sejam aplicados.
Porém, é preciso estar atento às novas modalidades adotadas por criminosos, como as abordagens pessoais com ofertas de vantagens ou ainda por telefone para captar os dados de uma pessoa. Por mais tolo que pareça, ainda há pessoas que caem nestes golpes. Umas das justificativas apontadas pelo delegado da 1ª DP de Montenegro Paulo Ricardo Costa é a ingenuidade. “Os casos que chegam a ser registrados são baixos, mas o que nos preocupa é a abordagem pessoal que é feita com as vítimas”, pondera o delegado.
E foi assim que uma senhora de 40 anos, moradora de Montenegro, foi lesada em R$ 66,28. O valor parece pouco, mas, mesmo assim, onera o contribuinte. A vítima recebeu a visita de duas pessoas que diziam ser de uma operadora de telefone. Ofereceram serviços e solicitaram dados pessoais. Depois de alguns dias, a mulher recebeu uma fatura com uma conta empresarial criada em seu nome.
Segundo o registro de ocorrência, a vítima conta que foi procurada por pessoas que disseram ser da empresa telefônica Oi. Ofereceram planos de telefonia celular com diversas vantagens e, assim, conseguiram os dados pessoais da mulher. Depois de algum tempo ela recebeu dois chips de telefone em sua casa.
A vítima entrou em contato com a Oi e descobriu que não constava registro de conta telefônica em seu CPF. Porém, a empresa afirmou que existe uma conta empresarial vinculada a um CNPJ que aponta o nome da vítima como titular. “São poucos os casos em que recebemos denúncias desse tipo, com uma abordagem tão pessoal”, alerta o delegado Paulo Ricardo Costa, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro.
De acordo com a mulher, os dois homens oferecem o plano de telefonia. “Que achei interessante e adquiri”. Mas a fatura não vinha e quando ela ligou para a operadora descobriu que o seu CPF tinha servido para abrir uma empresa. “Nunca pedi ‘pra’ fazer isso”, relata. A empresa, como ela conta, foi aberta no dia 21 de agosto e fechada no dia 10 de outubro. “Fui tola, falo ‘pras’ pessoas que não deixem entrar estranhos, abrir as portas de casa assim”, adverte. Ela solicitou o cancelamento do plano e ainda irá procurar a Receita Federal para ver se não há pendências quanto ao caso.
O delegado Paulo Ricardo Costa orienta a comunidade para que tenha atenção em casos de ser abordado por pessoas que se dizem de empresas e oferecem serviços “oportunos” ao cidadão. “Nesses casos, quando a pessoa sente que terá uma vantagem, é que o golpe é mais facilmente aplicado”, pondera.
Alerta!
Ontem, por meio do twitter, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS) comunicou que não possui canal de comunicação via WhatsApp. Se algum cidadão receber uma mensagem desse tipo, a orientação da Secretaria é ignorar.