Garoto prodígio desfila sua paixão pelo futebol no Estádio do Vale

Promessa. Aos 10 anos, Reinaldo Duarte já conquistou dois títulos pelo Noia

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Rei atuou por três anos nas categorias de base do Inter

Canhoto, habilidoso, fã de Cristiano Ronaldo e polivalente. Este é Reinaldo Duarte, o Rei, de apenas 10 anos. Mesmo pequeno, o meio-campista já tem um currículo de respeito no futebol e sonha em fazer história com a bola nos pés. Atualmente no Novo Hamburgo, o garoto prodígio da cidade experimenta uma ascensão meteórica, mas sabe que tem muito a evoluir no esporte.

Recentemente, Rei foi campeão pelo Noia na Copa Teutônia, competição que reuniu 100 times na cidade que batiza o nome do torneio. Titular durante todo o campeonato, o montenegrino viu do banco sua equipe bater o Juventude nos pênaltis na decisão, após empate em 2 a 2 no tempo normal. Na semifinal, o triunfo do Novo Hamburgo também foi conquistado apenas nas penalidades, após 3 a 3 com o Juventus, de Teutônia, no tempo normal.

A curiosidade desses dois confrontos é que o Noia saiu atrás em ambos. Na semifinal, saiu perdendo por 3 a 0 na etapa inicial e buscou a igualdade no segundo tempo. Já na decisão, o Juventude abriu 2 a 0 no primeiro tempo e o time do Vale do Sinos buscou o empate na segunda etapa. “O técnico mudou o estilo de jogo na final, por isso o Reinaldo ficou como opção”, relata o pai do menino, Rafael Duarte.

A conquista da Copa Teutônia, porém, não foi o primeiro título comemorado por Rei com a camisa do Noia. No ano passado, o jogador foi um dos destaques do time na conquista da Lifuga. Na Encosta da Serra, outra competição que Rei disputou pelo time anilado, a equipe ficou com o segundo lugar. Reinaldo chegou ao Noia em agosto passado e estreou em setembro.

Antes disso, a promessa montenegrina atuou por dois anos na base do Inter, onde não levou muito tempo para se destacar. O garoto ficou dois meses na escolinha colorada e logo foi repassado para o grupo especial do sub-9, do Inter. Em 2016, disputou o Gauchão e outros campeonatos em nível estadual pelo colorado, em uma categoria acima dele.

A saída do clube se deu em julho do ano passado e surpreendeu a família. “Ele foi dispensado junto com vários meninos e um treinador, porque o Inter não participou do estadual. Nos pegou de surpresa a ausência do clube na competição. Aí conversei com o coordenador de base do Novo Hamburgo e convidaram o Rei para jogar lá. O estilo de jogo é diferente do que ele encontrava no Inter, então ele ainda está se adaptando às ideias do Noia”, conta o pai Rafael.

Meio-campista de origem, Rei fez várias funções quando defendia o Inter, mas evidencia sua preferência por atuar centralizado. “Jogava de atacante, volante e até lateral no Inter. No Noia tenho jogado apenas no meio. E gosto de jogar ali, mas, se precisar, jogo em outras posições também”, ressalta o garoto.

Sobre suas características, Rei prefere servir os companheiros, mas sabe que precisa finalizar mais ao gol. “Tenho que melhorar muita coisa ainda, aproveitar que sou pequeno. Sei que tenho que tentar mais chutes, ir para cima. Todos os dias, nos treinos, me pedem para finalizar e tenho feito mais isso. Me inspiro no Cristiano Ronaldo, porque o considero um jogador muito completo”, salienta o atleta de 10 anos, que tem um gol pelo Novo Hamburgo.

Futebol está no sangue de Rei
Reinaldo, futebol, vídeo-game, jogo, Novo HamburgoO garoto prodígio de Montenegro “respira” futebol desde pequeno. Aos cinco anos, ingressou na escolinha F10 e começou a dar seus primeiros passos com a bola. Diferente de muitas crianças, não tinha o costume de brincar com carrinhos, apenas com bolas de futebol. Hoje, além do Novo Hamburgo, onde é o camisa 10 da categoria sub-11, Rei joga futebol na cidade e vídeo-game em seu tempo livre. “Gosto de jogar futebol no vídeo-game, com o Real Madrid, Barcelona e PSG”, diz.

O pai deixa as portas abertas para um possível retorno ao Inter, mas garante que o menino está bem no Novo Hamburgo. “Estamos bem no Noia, o pessoal gosta dele, mas não descartamos essa possibilidade. Não deu um mês no clube e ele conseguiu a camisa 10, mas esse ano precisa se puxar para mantê-la”, completa.

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