Experiência. Tradicional torneio dura uma semana e inicia neste sábado. Delegação montenegrina viaja ainda hoje
A semana mais esperada do ano para muitos meninos do Fera inicia hoje. Nesta sexta-feira, a delegação da escola de futebol montenegrina embarca para Teutônia, onde disputa, a partir deste sábado, a 12ª edição da Copa Teutônia. A experiência de passar uma semana longe da família, no convívio dos colegas de time e de muitas outras equipes, motiva a gurizada que sonha em se tornar um atleta profissional no futuro.
De malas prontas, atletas e professores do Fera partem para Teutônia às 9h desta sexta-feira. Na parte da tarde, ocorre a apresentação da competição e de cerca de 100 times que disputarão a Copa Teutônia. Ao todo, serão aproximadamente 70 representantes da equipe montenegrina na tradicional competição de categorias de base. Neste ano, o Fera vai participar do torneio com quatro categorias: 2004, 2005, 2006 e 2007.
Novidade para muitos meninos do Fera em 2018, o campeonato servirá para adquirir experiência, entrosamento e preparação para os outros desafios que vêm pela frente na temporada. Enquanto a garotada da sub-13 (2005) vai para sua terceira participação na Copa Teutônia, os meninos da sub-11 fazem suas estreias na competição.
Eliminada pelo Ivoti nas quartas de final no ano passado, a sub-14 do Fera vai para sua segunda experiência no torneio com poucas novidades em relação a 2017. A diferença, agora, é que o time está mais entrosado. “Nossa vantagem é ter passado o ano inteiro jogando junto. Em 2017, nossa campanha foi construída muito pelo individual e, neste ano, temos um coletivo mais forte. Mudamos duas ou três peças apenas”, analisa Eduardo Vercelhese, o Da Páscoa, técnico da sub-14.
Um dos reforços desta categoria para o torneio é o volante Lucas Bento, 13 anos, que jogou na base do Grêmio por sete anos e chegou a disputar a Copa Teutônia pelo Fera na última temporada. “Acredito que esse ano vai ser melhor para nós. Treinamos mais, o grupo está mais entrosado. Nesse tempo em que fiquei no Grêmio, cresci em todos os aspectos. Lá (em Teutônia) vivemos experiências com a galera, ajuda muito. Sentir falta da família a gente sente, mas superamos com vitórias e com a alegria do grupo”, ressalta.
O técnico Da Páscoa vê a competição como preparatória, mas que serve de parâmetro para o restante do ano. “Nosso objetivo é se apresentar bem e crescer durante o torneio, para termos uma ideia do que será o Gauchão. A ansiedade de participar de um evento grande existe, é normal, ainda mais com clubes fortes e olheiros. É um torneio início para nosso ano, com visibilidade para os meninos, mas queremos chegar o mais longe possível”, completa.
Quem também vai para a segunda participação na Copa Teutônia é a sub-12, do técnico Júlio César Machado, o Julinho. Em 2017, a equipe caiu nas oitavas de final para o Novo Hamburgo, que viria a ser campeão da categoria. Com a mesma base do ano passado, Julinho quer chegar na final nesta edição. “Vamos mais fortes, com um conjunto melhor. A parte física está deixando a desejar e pode nos prejudicar lá. Mas eles estão preparados, conversamos bastante. Meu objetivo é chegar na final. Ano passado fomos prejudicados pela arbitragem. Quem esteve lá viu”, afirma o treinador.
Com cerca de 15 meninos pré-inscritos neste ano, o comandante da sub-12 destaca a união do elenco. “Eles têm um bom convívio, combinam de ir entre vários na casa de um para dormir e jogar videogame. É um grupo muito bom para trabalhar, pois se respeitam bastante”, conclui.
Sub-11 faz sua estreia; sub-13 quer ao menos chegar à final
As categorias 2005 e 2007 são os contrastes do Fera nesta Copa Teutônia. Enquanto que os mais velhos disputam o torneio pela terceira vez, a gurizada da sub-11 faz sua estreia na disputa. Se a sub-13 já conhece toda a rotina desgastante do campeonato, tudo isso será novidade para a meninada nascida em 2007. O que as duas categorias têm em comum? Nenhuma vai a passeio para a Copa Teutônia.
Os atletas de Tiago Schlingvein, o Maratá, e Jorge Rodrigues, o Jorginho, estão preparados para fazer bonito no primeiro desafio da temporada. A gurizada da sub-13, do técnico Tiago Maratá, foi eliminada nas quartas de final nas outras duas ocasiões. Desta vez, o comandante espera que seja diferente. “O primeiro ano é de novidade, o segundo é de ganhar experiência. Neste ano, queremos chegar pelo menos na final, depois é consequência. Nosso objetivo é esse”, salienta.
Para alcançar o objetivo, Tiago Maratá quer que sua equipe mude apenas uma coisa em relação ao último ano. “Tivemos um excelente desempenho em 2017, mas faltou atitude. Perdemos apenas quatro jogos no ano, mas dois em decisões, então faltou aquele algo a mais. Estamos com uma expectativa bem positiva, temos o mesmo time há três anos”, acrescenta o treinador.
Por outro lado, a sub-11, treinada por Jorginho, está dando seus primeiros passos em competições oficiais. A amostragem em 2017 foi acima da expectativa. Para a Copa Teutônia, o treinador quer que sua equipe siga evoluindo. “Estou vendo a competição como uma preparação para o restante do ano. Nesta quarta-feira, fizemos o segundo treino em um ano que consegui reunir todo o grupo. Vamos tentar chegar o mais longe possível. O importante é evoluir durante o campeonato, que é muito difícil”, frisa.
No grupo de 16 atletas da sub-11, três meninos já disputaram a Copa Teutônia no ano passado pela 2006. A experiência desses três atletas pode ajudar os mais novos agora, como o zagueiro Frederico Schneider Kohl, o Fred, 9 anos, que é o mais jovem de toda a delegação do Fera. “Estou muito ansioso. Na Copa Teutônia, quero evoluir e chegar à final. É a primeira vez longe da família, acredito que o convívio com os colegas vai ajudar a superar um pouco a saudade”, diz o garoto.