Estrutura localizada no Parque Centenário estava interditada desde o primeiro semestre de 2020
Um galpão localizado no Parque Centenário que estava interditado desde o primeiro semestre de 2020 ficou parcialmente destruído por causa do vento no final da tarde de terça-feira, dia 9. Nesta quarta-feira, dia 10, equipes da Prefeitura realizaram o desmanche do restante da estrutura e a limpeza do local. Em outros períodos, o espaço foi sede de entidades tradicionalistas da cidade.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Montenegro, Carlos Roberto Ferrão Martins, a decisão de desmanchar o restante da estrutura se deu pelo perigo que ela oferecia. “Queremos evitar que ela caia na calçada, que atinja um pedestre ou até um carro”, comentou. Inclusive, por conta do desabamento do galpão, parte da calçada e da rua Alberto Gotselig ficou interditada desde o final da tarde de terça-feira até por volta das 14h tarde de quarta-feira.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, o espaço não deve ser reconstruído. A ideia, conforme Ferrão, é utilizar o local como estacionamentos dos veículos do Departamento de Transporte e Trânsito (DTT), que deve se mudar para o Parque Centenário.
Ferrão destacou que, por sorte, não houve uma tragédia, uma vez que ele já havia flagrado mais de uma vez pessoas invadirem o local que estava interditado. Atualmente, no galpão estavam armazenados objetos que não eram mais usados pela Administração Municipal, como cadeiras e mesas velhas. “É um material que ia ser descartado”, explicou o coordenador da Defesa Civil.
No Parque Centenário também há outros galpões que inspiram cuidados. É o caso do cedido ao Piquete XV de Novembro. Em visita ao local, a reportagem percebeu que há alguns problemas no telhado da estrutura, inclusive com algumas telhas caindo. O problema foi confirmado pelo patrão do piquete, Arthur da Silva.
“Tem que ser retirada parte do telhado ou todo ele. Há muito cupim, também é preciso dedetizar. Pode ocorrer o mesmo (do que houve no galpão que desabou)”, afirmou o tradicionalista. Segundo ele, o Piquete XV de Novembro vem recebendo seguidas concessões de uso do espaço desde 2002. Inclusive, no ano passado ele protocolou um pedido de concessão de 10 anos tendo como contrapartida a incumbência da entidade tradicionalista realizar a reforma do telhado.
De acordo com a Prefeitura, a solicitação de Silva entrou dia 23 de dezembro de 2020 e estava em análise na Procuradoria-Geral do Município (PGM). O entendimento da PGM é de que a cedência de bem público deve ser precedida de licitação, para que todas as entidades tenham a chance de buscar o uso do local, e lei autorizativa aprovada pela Câmara de Vereadores. “A licitação só pode ser dispensada caso fique provado que a entrega ao XV de Novembro atende ao interesse público”, informou a Prefeitura, via Assessoria de Comunicação. O Executivo informou, ainda, que o assunto será discutido nos próximos dias com a patronagem do piquete em reunião na Prefeitura.