G.E. Municipal disputa a grande final da Taça das Favelas RS

Decisão acontece na tarde deste sábado e será transmitida pela RBS TV

Para marcar seu nome na história da Taça das Favelas RS, a equipe do G.E. Municipal vai em busca do título inédito da competição neste sábado, dia 18. Em Porto Alegre, a gurizada montenegrina enfrenta o River da Estalagem, de Viamão, na grande final da competição, que é realizada pela Cufa. O jogo será transmitido ao vivo pela RBS TV, para todo o Estado, a partir das 14h. O campeão garante vaga na etapa nacional da Taça das Favelas, que acontece no mês de dezembro, em São Paulo.

Coordenador do G.E. Municipal, Alex Gonçalves, o Leleco, destaca que a expectativa para a decisão deste sábado é a melhor possível. “Pelos jogos que os meninos fizeram lá, no último sábado, aumentou a expectativa. Eles ainda não jogaram o futebol que estão treinando aqui, por conta do nervosismo, do campo pesado… Eles foram guerreiros, mas ainda não jogaram tudo o que sabem”, ressalta.

Mesmo em uma semana de muita chuva no Rio Grande do Sul, a garotada do Municipal está treinando diariamente. “Estamos trabalhando bola aérea, bola parada, todas as situações de jogo, para não errar. Os meninos estão focados, unidos, motivados, o ambiente está bom, de amizade, companheirismo. E estão ansiosos, porque é tudo novo para eles. Estamos trabalhando essa parte psicológica deles também”, pontua Leleco.

O coordenador do projeto montenegrino fala sobre o River da Estalagem, adversário na decisão. “É um time forte, que sabe jogar. Temos que respeitar. Teremos que nos multiplicar em campo para ter chance de ganhar. A gurizada trabalhou e se esforçou para isso. Eles têm que valorizar o esforço que têm feito, fazer o melhor e curtir o momento, que é fruto do trabalho deles”, acrescenta.

Após reerguer o clube em cinco anos e ajudar a conduzir o time do Municipal à final da Taça das Favelas RS, Leleco lembra que muitas pessoas não acreditavam no sucesso do projeto. “Encontramos vários obstáculos no caminho. Enfrentei muita coisa. Muitas vezes, as pessoas passavam aqui em frente à sede, quando eu estava organizando o clube, e riam de mim, falavam que eu era louco”, recorda.

“Catei latinha na rua para juntar dinheiro e comprar gasolina para cortar a grama do campo. Para comprar bola para treinarmos. Isso passa pela minha cabeça todos os dias. Ouvi pessoas chamando o time de ruim, falando que íamos passar vergonha em Porto Alegre. Matei no peito. Agora estamos colhendo os frutos”, conclui Leleco.

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