Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 21, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Montenegro, funcionários da Viação Montenegro S/A (Vimsa) e da Silas recusaram a proposta de reposição salarial encaminhada pelas empresas. A proposta de dissídio coletivo (2022/2023) estabelece reajuste de 7% no salário dos motoristas, a contar de 1º de julho deste ano, com previsão de complemento de 4.92% a partir de 1º de março de 2023.
Segundo Júnior Wilson Caetano, tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de São Leopoldo, com base em Montenegro, entre os pontos que levaram a recusa da proposta estão a forma de reajuste dos salários, pois prevê parcelamento. Para a categoria, o reajuste total deve ser instituído até o pagamento do 13º salário, para evitar perdas.
Os trabalhadores também discordam das cláusulas sociais apresentadas. Entre elas, há previsão na mudança no plano de saúde dos filhos dos servidores. Atualmente, o plano abrange jovens até os 18 anos de idade. A alteração prevê que os filhos permaneçam como dependentes dos pais somente até os 12 anos. A proposta de mudança no intervalo de trabalho, na qual o período de descanso dos trabalhadores pode variar de 1h até 5 horas (podendo ser fracionado), também desagradou ao público presente.
Mesmo com a recusa da proposta, o representante sindical afirma que ainda é cedo para falar em greve. “Vamos apresentar a deliberação dos trabalhadores à Vimsa e a Silas e tentar, mais uma vez, uma nova proposta.Caso não haja avanço, vamos convocar nova assembleia, com ou sem proposta para votação, e ai sim pensar no passo seguinte”, explica Júnior.