Desde a sexta-feira, os funcionários da unidade do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios de Montenegro estão em greve, seguindo a definição da categoria em âmbito nacional. Já os trabalhadores da agência preferiram não participar do movimento, por hora.
Enquanto a agência segue funcionando normalmente, o CDD, segundo o diretor do sindicato e da Federação Nacional dos Correios, Evandro Leonir está com 85% dos serviços de distribuição paralisados. O movimento é por tempo indeterminado. “Com a adesão mais forte esperamos que o governo negocie conosco”.
A deflagração da greve foi uma resposta da categoria aos Correios e um movimento contra o fechamento de agências, que prejudica os trabalhadores e a população; as ameaças de demissão motivada; corte em investimentos, incluindo novos concursos públicos; a suspensão das férias dos trabalhadores; retirada de vigilantes das agências, interferências e o sucateamento no plano de saúde da categoria, entre outras retiradas que já estão sendo promovidas.
“A primeira coisa que estamos pedindo é que se mude essa intransigência do governo de não negociar. Nosso acordo coletivo encerrou no dia 31 de julho e até agora a empresa não veio com uma proposta. Além disso, estamos brigando por um novo concurso público, já que o último que saiu foi em 2011 e a população, inclusive de Montenegro, paga o preço de não ter contratação”, afirma Leonir. Na sexta-feira, 22, os trabalhadores se reuniram em frente ao Centro de Distribuição em sinal de protesto. Para hoje, está previsto um ato em Porto Alegre, que deve contar com a participação dos funcionários de Montenegro.
A paralisação das atividades foi definida por uma assembleia realizada em Porto Alegre e suas subsedes, ainda na terça-feira, dia 19, e iniciada no restante do país na quarta, apenas do Rio Grande do Sul, em função do feriado, a greve foi deflagrada na quinta-feira.
