Retorno. Tiago Jantsch concluiu bacharelado em Estatística, sofreu fratura e agora se prepara para voltar a competir
O ano de 2017 tem sido bastante atípico para o triatleta Tiago Jantsch. Aos 29 anos, o brochiense participou de apenas duas provas nesta temporada, dedicou-se ao bacharelado em Estatística e pela primeira vez na vida sofreu uma fratura, que o deixou “de molho” por três meses. Antes da lesão, Tiago conciliava os estudos e o trabalho com os treinamentos, mesmo que realizasse os exercícios físicos durante a madrugada.
No dia 17 de agosto, formou-se em Estatística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A fratura no 5° metatarso do pé direito aconteceu bem antes da formatura, justamente durante um treinamento. Até a contusão, o triatleta de Brochier não abdicou em momento algum das atividades, para não perder ritmo competitivo e preparo físico.
Recuperando-se da lesão, Tiago precisou ficar com o pé para cima por 60 dias, mas já está voltando a treinar aos poucos e vem realizando fisioterapia diariamente. Como motivação, já tem data para voltar a competir: dia 3 de dezembro. Em dois meses, o triatleta vai a Santa Catarina disputar o Challenge Florianópolis, prova que não ocorreu no final do ano passado devido a um vendaval que atingiu a capital catarinense no final de semana da competição.
Principal destaque do triathlon na região, o brochiense de 29 anos competiu apenas em Florianópolis, no início de abril, na prova da Volta à Ilha, e em Porto Alegre, na 34ª Maratona Internacional da capital gaúcha, no dia 11 de junho. Em seu último ano na categoria de 25 a 29 anos, ele quer voltar bem após a lesão e se despedir da categoria com chave de ouro. “Terei somente dois meses de preparação para esta prova, mas é vida que segue. Agora estou bem e focado nos objetivos”, salienta.
Praticamente recuperado da fratura no pé direito, Tiago conta o que passou pela sua cabeça na hora da contusão. “No momento do ocorrido, eu não tinha certeza do que havia sido, podia ter sido ligamento, entorse ou fratura, como foi confirmada após o exame. Parar de treinar e competir nunca foi um pensamento meu, mas a sua cabeça cria pensamentos e ilusões que lhe deixam triste. O fato de ficar dois meses na cama com a perna para cima, assim como não realizar nenhuma atividade física”, diz.
Apesar da tristeza por não poder realizar exercícios por um determinado tempo, o triatleta busca superar a lesão com força de vontade e foco nos objetivos. “Foi a primeira fratura que sofri, antes havia tido somente lesões musculares. Ficar parado tanto tempo cria um mundo que parece ser injusto, mas as lesões fazem parte do esporte, é um risco. No momento, estou fazendo treinos leves para melhorar o cardiovascular, que diminuiu a resistência significativamente com a fratura”, ressalta.
Com mais tempo para se preparar para as provas de triathlon após a formatura no ensino superior, Tiago já começa a projetar 2018, quando estará na categoria de 30 a 34 anos. “Agora estou com mais tempo disponível para me dedicar aos treinos e melhorar o rendimento. Para o próximo ano, o que vai mudar com a troca de categoria é o nível dos adversários. Serão atletas mais experientes, com mais tempo de prática e que já conhecerão os atalhos”, enfatiza.