Floresta publica nota de repúdio por falta de representatividade na Semana da Mulher Montenegrina

A Associação Cultural e Beneficente Floresta Montenegrina emitiu na sexta-feira, 4, uma nota de repúdio à programação da Semana da Mulher Montenegrina, que iniciou hoje. Em material assinado pela presidente da entidade, Leticia Silva dos Santos, e divulgado nas redes sociais, a associação se coloca preocupada com relação à invisibilidade das mulheres negras e de pautas de preconceito racial no Município; lembrando que o tema não pode ser tratado exclusivamente no dia da Consciência Negra, em novembro. “Ao observarmos as mídias sociais da cidade, ficamos consternados ao constatamos que na semana municipal da mulher em Montenegro, as mulheres negras, que são representadas pela ACB Floresta Montenegrina e pelo Coletivo de Empreendedoras Negras, não foram lembradas, convidadas, contatadas ou, muito menos, homenageadas”, traz o texto. “Entendemos que a omissão do poder público caracteriza descaso; e falta conduta ética dos legisladores. Entendemos que seja necessária a realização de atividades educativas, uma ampla campanha de  combate ao preconceito racial e combate ao racismo estrutural.”

O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), que organizou a Semana da Mulher Montenegrina, respondeu à manifestação também através de sua rede social. Em texto assinado pela presidente, a delegada Cleusa Spinato, e pela vice, Carliane Pinheiro, a entidade garantiu que a programação é realizada anualmente visando dar visibilidade a todas as mulheres, independentemente de raça, condição financeira ou educacional. “Da mesma forma, tanto o Comdim quanto a rede de proteção atuam o ano todo, diuturnamente, independente de datas comemorativas ou horários, em prol das mulheres em situação de vulnerabilidade e das vítimas de violência”, trouxe. O conselho disse ser lastimável que, só neste momento, a Associação Floresta tenha resolvido manifestar interesse em participar e que o tenha feito através da rede social. “Cumpre esclarecer que temos mulheres negras integrantes tanto no nosso Comdim quanto na rede de proteção e entendemos e respeitamos sua busca de espaço e respeito, sempre”, finaliza a resposta.

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