Música brasileira e nada mais. Montenegro foi palco para a segunda edição do Festival Brasileiro de Música Intimista, que teve apresentações de artistas da música local e convidados de outros estados, os quais celebraram e mostraram seus talentos com vários ritmos musicais em composições exclusivas do Brasil. O evento não poderia ser em outro local se não no berço da cultura montenegrina: a Fundarte. O projeto também trouxe debates relacionados aos cuidados com o meio ambiente.
Na sexta-feira, 31, Paulo Otávio Supersoul e amigos abriram as apresentações no Teatro Terezinha Petry Cardona com a música “Taj Mahal” de Jorge Bem Jor e ainda sons de Tim Maia e outros grandes nomes de sucesso no Brasil. Otávio é montenegrino, mas aos 14 anos deixou a cidade e passou a viver em outros estados e fora do país, onde trilhou sua carreira musical.
Paulo Otávio vive em São Paulo e ao ver o edital de ocupação do Teatro Terezinha Petry Cardona não pensou duas vezes para inscrever seu projeto, que teve a primeira edição em 2017, em São Paulo. “Montenegro é a minha cidade e por isso quis trazer o festival pra cá. Em outubro teremos uma edição na cidade do Porto, em Portugal”, diz o vocalista da banda Supersoul.
O evento concedeu aos artistas musicais de Montenegro a oportunidade de subir ao palco. Muitos são professores e realizam o trabalho de bastidores e de preparo dos alunos para que eles estejam no palco. Júlia Kunrath, 35 anos, professora de canto e proprietária da escola Espaço Musical, diz que é emocionante voltar ao palco onde ela começou a carreira no mundo da música.
Para a pianista Celiza Metz, o festival serviu como uma máquina do tempo, promovendo o encontro ela, piano e público após anos. “Nem lembro quanto tempo faz que não subo ao palco, mas deve ser uns nove anos”, comenta. Celiza e os colegas viram o Festival de Música Intimista como uma oportunidade de mostrar o trabalho como professores, mas, sobretudo, o lado artista de cada um. “Fui a primeira a ser convidada e preparamos o melhor da música brasileira”, destaca.
Atuando há 29 anos como professor de música na Fundarte, Marcelo Ohlweiler foi o grande homenageado do Festival Brasileiro de Música Intimista. Conforme o idealizador do festival, Paulo Otávio Supersoul, a homenagem é para destacar a contribuição musical de Marcelo na cidade, por seu talento como músico e professor.