O sábado foi de reencontros, emoção e muitas histórias para a família Silveira. Filhos, netos, bisnetos e tataranetos do casal Juvenal e Antônia Carolina da Silveira se reuniram na sede da AABB em Montenegro em uma grande confraternização entre pessoas unidas pelos laços de sangue.
Cerca de 50 pessoas almoçaram e passaram a tarde revivendo momentos especiais e até conhecendo parentes que jamais tinham conhecido. “O ultimo encontro foi há mais de 30 anos”, recorda Carlos Alberto da Silveira, 66. Naquela época, os avôs ainda eram vivos, e boa parte dos filhos (tios de Carlos e seus primos) também. No sábado, os dois filhos de Juvenal e Antônia, Léo da Silveira, 89, e Maria Elaine dos Santos, 75, estiveram na festança. “Eu estou emocionada”, revela Maria. “Eu acho que todas as famílias deveriam se reunir mais. Pelo menos de vem em quando”, aconselha.
A mais nova filha dos patriarcas da família Silveira, Maria Elaine brinca com a própria história. “Eu fui a Menopausa da minha mãe. Ela foi no médico, e ele disse que ela estava na Menopausa. Depois ela voltou lá e disse que tinha ido mostrar a Menopausa pra ela. Era eu”, recorda, rindo. Morando hoje em Ivoti, ela conta que já não via o irmão e vários dos sobrinhos e sobrinhos-netos há algum tempo. “Estava com saudade. Foi muito bom reunir aqui”.
A opção por fazer o encontro em Montenegro foi proposital. “Tinha que ser aqui. Meus avôs moraram aqui e a família toda tem raízes em Montenegro. Eu nascia aqui e faço questão de sempre vir para a cidade”, conta Vera Lucia Bonacina, 66, que mora em Canoas.
“A gente fez um grupo no WhatsApp e foi reunindo um aqui e outro ali. Então surgiu a ideia do encontro”, revela Luis Fernando Silveira, 51, que viajou seis horas de Tijucas, em Santa Catarina, até Montenegro. “A família é muito grande. São 12 tios, eram 13, mas um dos irmãos faleceu muito cedo”, recorda. “Se fizer as contas, aqui tem mais de mil anos”, brinca Carlos Alberto.
Vários dos netos de Juvenal e Antônia nasceram em casa, pelas mãos de Dona Jupira, antiga e conhecida parteira de Montenegro. “Ela fez o meu parto e de vários primos. Foi muito importante”, recorda Maria Heloisa Silveira, 66. Para ela, o reencontro é um momento de reviver sua juventude. “É especial”, definiu.
Memórias são grande álbum de família
Um dos momentos lembrados com mais saudosismo foi o casamento do primo Carlos Alberto da Silveira, 66. A festa foi animada e as primas, bastante unidas, aproveitaram para aprontar muito. A festa que aconteceu no interior de Montenegro reuniu muita gente. “Eu e ela passamos o dia andando de moto”, relembra Maria Heloisa, apontando para a prima Maria Antonieta Coronet, 62. “A moto era do namorado da minha irmã. Ela ficava de lado e nós aproveitamos pra andar”, descreveu Maria Heloisa.
Outra memória presente foi em relação a doçura da avó Antônia. “O ‘vô’ era muito bom também. Mas a ‘vó’ era especial”, recorda Maria Antonieta. As raízes da família são lembranças afetivas que ficam guardadas no coração de cada descendente. As datas especiais e suas festas, o dia a dia, as visitas aos parentes.
Todos são elementos que traçaram o caráter da família Silveira, incluindo os padrinhos e os tios. “O tio Negão tinha uma confeitaria. A gente queria ir lá pra comer doces”, logo ilustrou alguém na mesa do almoço, quando o pastel e a raspa do bolo também foram deliciosamente trazidos à conversa. “Era uma delícia!” afirmam os primos.