Falta de profissionais de limpeza impede aulas presenciais em duas escolas

Problema acontece em duas instituições de ensino estaduais em Montenegro

Duas escolas estaduais de Montenegro ainda não puderam retornar às aulas presencialmente devido a falta de profissionais de limpeza. A situação é vivenciada pela EEEF Adão Martini, na localidade de Vendinha, e na EEEF Osvaldo Brochier, em Santos Reis. O problema também se repete na EEEF Tanac, que até retornou as aulas presenciais, mas devido ao afastamento da única funcionária de limpeza da instituição na última semana, a volta das aulas presenciais está comprometida.

“Recebemos uma funcionária da empresa terceirizada em 30 de novembro do ano passado, mas ela desistiu no início de janeiro porque não tinha linha de ônibus para vir até a escola”, relata Débora Cristiane Batista, diretora da EEEF Osvaldo Brochier. A escola possui um único funcionário de limpeza que pertence ao grupo de risco, o que o impede de retornar ao trabalho.

A diretora conta que após ficar sem funcionário de limpeza a escola realizou uma solicitação oficial junto ao Estado para a contratação emergencial. No entanto, a resposta foi que não havia fonte de custeio e que a instituição deveria aguardar o envio de um profissional por parte da empresa que presta o serviço terceirizado. “Tenho feito o que está ao meu alcance, mas infelizmente não podemos retornar presencialmente sem nenhum funcionário para higienização e limpeza”, destaca a diretora.

Na EEEF Adão Martini também não foi possível retomar as aulas presencialmente devido à falta de profissional de limpeza

A situação também se repete na EEEF Adão Martini, na localidade de Vendinha. Com falta de profissional de limpeza a instituição também não tem previsão de quando poderá retomar as aulas presenciais. “Nós estamos sem funcionário de limpeza desde o início do ano e até agora a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) não nos deu retorno sobre quando virá uma nova funcionária”, relata a diretora da instituição, Anne Priscila Nunes Maciel. Ela conta que a escola também possui uma funcionária, mas ela tem 67 anos de idade e pertence ao grupo de risco, o que impede o retorno ao trabalho.

Segundo Anne, a empresa terceirizada que presta serviço de limpeza para o Estado chegou a designar no ano passado duas profissionais de limpeza para a escola. Mas a falta de pagamento dos salários fez com elas acabassem decidindo rescindir o contrato de trabalho no início de janeiro deste ano.
“O último e-mail que eu recebi da CRE foi na última sexta-feira informando que o contrato com a empresa que presta serviço para o Estado encerra em 31 de maio e depois eles vão fazer uma nova licitação para contratar outra empresa para assumir o serviço de limpeza”, relata Anne.

Já na EEEF Tanac a volta as aulas até chegou a acontecer, mas está comprometida devido ao afastamento da única funcionária de limpeza da instituição. Jakciane Pasini, diretora da escola, conta que só está sendo possível manter as aulas devido ao empréstimo de duas funcionárias que prestam serviço para o Colégio Polivalente.

“Só vamos conseguir abrir a escola porque o diretor Luis Carlos, do Polivalente, vai nos emprestar duas funcionárias da limpeza da escola dele, já que ele não vai conseguir ainda receber alunos no presencial essa semana”, conta a diretora.

Questionada, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que irá contratar dois profissionais para atender a escola Adão Martini e um para trabalhar em cada uma das outras escolas citadas: Osvaldo Brochier e Tanac. No entanto, a pasta não respondeu o questionamento feito sobre o prazo que será realizada as contratações. A orientação da Seduc é que , enquanto as contratações não ocorrem, as instituições de ensino sigam oferecendo apenas o ensino remoto aos estudantes.

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