Falso sequestro: diretora do Ibiá sofre tentativa de extorsão

VEJA como funciona o golpe e evite tornar-se uma das vítimas

“Socorro! Fui sequestrada. Me ajuda que estou passando mal”, a frase fez parte de um diálogo, de cerca de 15 minutos, entre criminosos que tentaram convencer uma das diretoras do Jornal Ibiá, Mara Rúbia Flôres, de que sua filha havia sido sequestrada. O caso ocorreu na tarde dessa sexta-feira, 24. Mara não tem filhos, mas continuou a conversa com os bandidos para poder alertar os cidadãos a não caírem neste tipo de conversa.

Do outro lado da linha, com um número privado, dois homens e, provavelmente, uma mulher tentavam dar ênfase ao discurso da chantagem. “A senhora está disposta a negociar pela vida da sua filha, sem o envolvimento da Polícia?”, questionou o homem que se apresentou como um dos líderes da quadrilha. “Eu quero R$ 100 mil, a senhora tem?”, continuou o meliante. “Não. Não tenho”, foi a resposta da diretora do Ibiá. “Eu não mato pelo dinheiro, mato pela mentira. Quanto que a senhora tem?”, ele tentava negociar.

O bandido disse à Mara que aceitaria um valor menor, R$ 8 mil, se ela garantisse que a suposta vítima não iria denunciar o caso à Polícia. O homem ainda quis saber em que agência bancária estaria depositado o dinheiro da empresária. Ela argumentou que o banco já estava fechado e foi orientada a transferir o valor via aplicativo. Mara justificou que não poderia transferir a quantia acordada, mas o bandido também teve resposta para isso. “Pode transferir até R$ 3mil, to acostumado a receber esse dinheiro. Só faço sequestro milionário, mas dei o azar de pegar a sua filha”, continuou a falar. “A senhora vai fazer uma transferência pra mim e vou marcar um lugar pra gente se encontrar na frente da agência”, explicou o homem.

Quando Mara, então, falou que havia enviado mensagem ao marido, os criminosos disseram que não iriam mais negociar e que matariam a jovem. A empresária fingiu apelos para que a promessa de morte não fosse cumprida e a quadrilha seguiu com o plano de extorsão. Ela chegou a interromper a ligação duas vezes, mas eles retornaram. Só ao se aproximar de 15 minutos de conversa que Mara abriu o jogo e disse que não tem filhos. Nesse momento, um dos bandidos ameaçou matar a ela e o restante de sua família. O caso foi registrado na Delegacia Online.

Não caia no golpe do falso sequestro
Como funciona o golpe
:
O golpista liga de maneira aleatória para diversos números. Geralmente ele está preso e possui tempo de sobra para efetuar ligações. A vítima atende e o bandido grita no fundo, como se fosse uma pessoa “sequestrada”. A vítima desesperada fala o nome de um filho, sobrinho, alguém próximo. Com isso, o bandido consegue a informação que ele queria para fazê-la acreditar que se trata de um sequestro de verdade. No desespero, a vítima não percebe que foi ela mesma quem forneceu o nome do “sequestrado”, e às vezes, com o nervosismo, não nota a diferença na voz. Neste momento o golpista pede que a vítima não desligue, que fique na linha até que alguém faça a transferência de um determinado valor para a conta de algum “laranja”.

A Polícia Civil orienta:
Desligue o telefone e faça contato com o suposto familiar que teria sido sequestrado. Caso tenha receio de desligar, acreditando ser verdadeiro o sequestro, peça para alguém próximo (um familiar ou vizinho) que faça contato com a suposta vítima para saber se está tudo bem.
Fonte: PCRS

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