Fundamental. Injeção eletrônica pode, inclusive, estar dando prejuízo no tanque
Existe um componente eletrônico, em todos os veículos, cuja falha pode lhe deixar empenhado na estrada. A injeção eletrônica é o sistema de controle da quantidade de combustível que é disponibilizada ao motor, conforme a necessidade. Mas será que o condutor pode prevenir falhas em seus componentes? O mecânico Pedro Augusto de Lima garante que sim.
Ele salienta que este sistema é um gerenciamento inteligente que surgiu para cumprir as leis de emissões de poluentes. “Coisa que os carburadores, há muito tempo, não davam conta”, recorda. Mas quanto a perceber quando as coisas não estão bem, o que representa inclusive gasto excessivo de combustível, o proprietário da Injetech Eletrônica Automotiva lembra que existe uma luz de anomalias da injeção eletrônica bem na sua frente.
Quando ocorrer algum defeito, no mesmo instante, essa luz acenderá no painel de instrumentos, alertando o condutor que tem alguma falha no sistema. A luz, inclusive, liga no momento da partida e desliga após realizar o ‘check-list’. “O veículo pode apresentar falhas quando essa luz acender, alguma delas são falta de potência, ou até mesmo parar de funcionar totalmente”, confirma Pedro.
Existem diversos fatores que podem prejudicar o sistema de injeção eletrônica. Dois dos principais são uma gasolina de baixa qualidade e a falta de manutenção no sistema de injeção eletrônica. “É necessário fazer a manutenção preventiva”, reforça. E todas as informações a respeito de peças e procedimentos que precisam ser realizados em cada revisão estão no manual do seu veículo. “Sempre devemos seguir as recomendações do fabricante do veículo”, diz.
Exames preventivos e diagnósticos
A Injetech realiza uma revisão completa, baseada especialmente no emprego do ‘scanner automotivo’. Esta é apenas umas daquelas ferramentas indispensáveis para um bom diagnóstico do sistema de injeção eletrônica. Através do scanner é possível analisar, em tempo real, com o motor ligado, os parâmetros dos componentes da injeção eletrônica, fazer testes nos componentes, visualizar o histórico de falhas e fazer determinadas
programações no sistema de injeção de combustível.
História da injeção de gasolina
Os sistemas de ignição e de injeção estão baseados em mais de 100 anos de pesquisas da empresa Robert Bosch nos Estados Unidos (foi iniciado pela Bendix Corporation que, devido a problemas, vendeu suas patentes do Electrojector à gigante alemã). Ela foi inventada em 1912 e produzida a partir de 1957 nos Estados Unidos pela Chevrolet para seu Corvette. Entretanto, em 1937, a injeção direta foi aplicada em motores de aviação e, em 1951, nos carros de corrida nas 500 milhas de Indianápolis. No Brasil, chegou apenas em 1988 com Gol GTi. O carburador se tornou obsoleto com a rápida evolução dos motores, não sendo capaz de supri as necessidades em relação a emissão de gases, economia de combustível, potência e respostas rápidas.