No final da tarde de quarta-feira (19), a Polícia Civil, com o apoio da Brigada Militar, encontrou na localidade de Calafate, interior de Montenegro, uma fábrica clandestina de cigarros. Com base no material apreendido no local, como livros de contabilidade, o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, delegado Paulo Costa, estima que a indústria ilegal funcionava desde 2013. “Alguma pessoa física ali recebia R$ 80 mil por mês”, comenta. A quadrilha responsável pela fábrica movimentava R$ 1,2 milhão por mês.
Durante a operação foram presos dois paraguaios, que serão apresentados para a Polícia Federal por estarem ilegalmente no Brasil, e também um brasileiro. “Estamos ouvindo os envolvidos para identificar e, talvez, tem alguns dados que colhemos na casa que vão apontar a identificação desses trabalhadores que estavam aqui”, explica. A casa em questão é uma residência de luxo localizado a poucos metros da fábrica clandestina. A Polícia Civil acredita que o outro preso, natural do Brasil, tenha participação na administração do esquema.
A apreensão de materiais realizada na fábrica ilegal é estimada R$ 50 milhões. “Creio que a polícia tenha dado um duro golpe no esquema de comercialização ilegal de cigarros”, destaca o delegado. Costa entende que essa pode ser a maior apreensão efetuada no Estado. “Outro ponto que anoto como importante é o apoio da Brigada Militar”, afirma. Entre os materiais apreendidos estão pacotes de cigarros embalados, inclusive com selo de origem do Paraguai.