Iniciou ontem a 21ª edição da Expotec – Exposição de trabalhos técnicos da Escola São João Batista. Este ano, com o tema “Colaborar para um futuro novo”. Ao todo, são 74 trabalhos expostos em três áreas técnicas: Química, Eletrotécnica e Guia de Turismo.
Durante o ato de abertura, a professora de Química e uma das organizadoras da Expotec, Michele Behrens disse que a exposição é um momento importante para a disseminação do conhecimento. “Para os alunos que estão aqui expondo é só uma apresentação, mas para os estudantes do Ensino Fundamental, por exemplo, que virem até aqui é muito mais. Uma feira técnica deste modelo pode ser determinante para o futuro desse pequeno estudante”, enfatiza ela.
De acordo com a diretora do Educandário, Valéria Rodrigues Graça a edição deste ano comprova o esforço conjunto dos professores, coordenadores, alunos e apoiadores em incentivar a pesquisa e inovação científica. “Orgulhamo-nos em ser um espaço de oportunidades aos alunos e em buscar, cada vez mais, a qualificação na pedagogia em projetos”, ressalta Valéria.
A Expotec segue até amanhã, às 18h, no Clube do Comércio. A visitação é gratuita.
Inovação no trânsito e inclusão na sala de aula
Diogo de Oliveira e Giovanni Salton, alunos do curso Técnico em Eletrotécnica da Escola São João Batista criaram o projeto “Fiscalização eletrônica para faixa de pedestres”. A ideia surgiu dos dois estudantes observarem a falta de respeito dos motoristas com a sinalização para os pedestres no cruzamento da rua João Pessoa com a Olávo Bilac. “Da nossa sala a gente percebia que sempre tinha um carro atravessado na faixa de segurança, quando o sinal estava vermelho”, relata Diogo.
A partir daí, os estudantes desenvolveram um sistema que fotografa os motoristas que invadem a faixa de pedestres no sinal fechado. “É basicamente um cérebro que controla toda a parte da sinaleira e um sensor magnético, semelhante ao das lombadas eletrônicas”, detalha. Quando o sinal estiver vermelho e o carro parar sobre a faixa, uma câmera irá registrar a infração.
Já para os estudantes do Técnico em Química Desirée de Souza, João Luciano da Silva e Valdemara dos Santos a proposta foi de inclusão para os deficientes auditivos acompanharem as aulas de Química. O projeto “Química para deficientes auditivos” visa mostrar as dificuldades que um surdo tem quando precisa associar as palavras da disciplina e não há sinal específico. Utilizando-se de exemplos do cotidiano, os estudantes apresentam as ligações químicas e formação das moléculas. “Com isso ele vai conseguir distinguir as ligações”, afirma Valdemara.