“A história é sempre a mesma: o colega mais gordinho é alvo das piadas da turma. Quando alguém repreende o “brincalhão”, o piadista pergunta se a pessoa não tem senso de humor. É a velha mania do brasileiro de inocentar “o carinha engraçado” em prol da alegria de viver, do riso frouxo, da gargalhada solta e o pior de tudo, da democracia. Pois bem, pra mim, certas brincadeiras são resultado de uma sociedade doente. Mais doente ainda é aquele que se diverte com isso”. Palavras da excelente Juliana Farias, do blog “Com licença, Posso entrar”? em texto publicado na segunda-feira passada. Me identifiqueino ato, pois fui bem importunada e sofria muito na infância por ser “a colega que usa óculos” – e sim, houve um tempo em que usar óculos não era nada estiloso, com o deboche alheio quando nem se ouvia falar do termo “bullying”.
No texto, a escritora argumenta que nenhuma piada é divertida o suficiente para valer a dor do outro e vai além: “É a mesma coisa quando você entra nas redes sociais da Cleo Pires para ler ou escrever comentários de ódio contra ela. Quem sente prazer lendo é conivente com a doença de quem comenta ou, sei lá, pode ser pior ainda”. Ao assistir à entrevista da artista no programa dominical “Fantástico (Rede Globo)” percebe-se uma mulher linda, ciente da sua autoimagem e determinada a deixar de ser conivente com um ideal de beleza que é, para muitas pessoas, sinônimo de enormes sacrifícios. E ao abrir mão das dietas esquizofrênicas e dos medicamentos, Cleo assume-se como realmente é, levantando uma enorme bandeira à favor de todas nós. E por que ser quem somos causa tanto espanto tanto disque-disque, para não usarmos outros termos menos generosos?
Para Juliana, a piada com o peso da artista não é engraçada, ao contrário, é repleta de raiva e preconceito. E complementa “Rir é o melhor remédio, o bom humor é o segredo da vida, a alegria é o combustível para nossos dias. Mas, por favor, não me peça para achar engraçado aquilo que faz o outro chorar”.
Em sua conta na plataforma Instagram, Cleo Pires defende a liberdade de ser feliz, livre para expressar os seus desejos e vontades, ser autêntica e espontânea, destemida e liberta. E nos convida à reflexão: Hoje você está vivendo a vida como realmente acredita que deve ser vivida, ou está se submetendo em busca de aprovações vazias?
O Vestir e a Cidade:
Em 1914, os pequenos Erny Arthur Becker aos 4 anos e sua irmã, Edith Irma Becker aos 3 anos. Colaborou a amiga Shirley Becker, filha do Erny e afilhada da Edith. Com esta imagem, desejo um lindo dia das crianças à todos nós!
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Olhares:
Mulheres Trabalhando: Com o valioso trabalho “Mulher Território Tremulum: Cuidado, mulheres trabalhando!” Liz Machado, conhecida por seu trabalho como atriz aqui na região, foi a grande campeã da VII edição do Salão Fundarte de Arte 10×10, realizado na sexta, dia 04. A cerimônia de abertura da mostra, que está em cartaz na Galeria de Arte Loíde Schwambach, celebrou o centenário do artista Xico Stockinger e contou com a participação de sua filha, Jussara, que estava acompanhada por uma das idealizadoras do salão, Isabel Petry Kehrwald.
Ana Carolina no Spa: A cantora Ana Carolina esteve em nossa cidade para tratamentos especiais no Spa Tour Life. Ela chegou no domingo dia 29 e ficou até sexta, dia 04, acompanhada da namorada, Chiara Civello e de seu violão. Será que fez pocket show por lá?
Chá das cinco: Foi um sucesso a VIII edição do Chá das Cinco, no último sábado, no Clube Riograndense. Com o valor arrecadado pela contribuição das patronesses, será possível investir em melhorias nas instalações do Abrigo Menino Jesus de Praga.
Áureos Anos: A festa Discoteca de Volta aos Anos 70’ 80’ 90’-Parte IV promete fazer a alegria de quem aprecia o repertório das décadas passadas, hoje à noite, a partir das 22h no Grêmio Gaúcho com animação da banda Planeta Sul.