Estado publica circular com orientação sobre tratamento com cloroquina

O governo do Estado emitiu circular que detalha as normas de uso da cloroquina no tratamento do coronavírus. O Ministério da Saúde encaminhou 25 mil comprimidos do medicamento para o Rio Grande do Sul, totalizando 50 caixas, que serão armazenados em 27 hospitais de referência nas macrorregiões. O remédio será utilizado como terapia adjuvante no tratamento de formas graves da Covid-19 em pacientes hospitalizados.

Os hospitais selecionados servirão de referência no abastecimento. Segundo o governo, a seleção levou em conta a distribuição geográfica dos hospitais no Estado, o número de casos confirmados da doença até 30 de março e a disponibilidade do medicamento nas Coordenadorias de Regiões de Saúde. Nenhuma instituição de saúde do Vale do Caí está entre as listadas.

Até o momento, o Ministério da Saúde considera que não existe outro tratamento específico eficaz disponível. Há, no entanto, diversos estudos clínicos nacionais e internacionais em andamento que avaliam a segurança da cloroquina/hidroxicloroquina, bem como de outros medicamentos e, por isso, essa medida pode sofrer alterações, caso surjam novas evidências científicas.

A previsão é de que uma caixa com 500 comprimidos sirva para o tratamento de 25 a 27 pacientes. O texto da circular destaca que, considerando a característica de uso do medicamento e o crescente número de casos de Covid-19, é fundamental que o medicamento esteja disponível e que seja distribuído a hospitais de referência do Estado.

A gestão do controle de estoque do medicamento nos hospitais será feita por meio de sistema informatizado da Secretaria de Saúde, que fornecerá informações em tempo real. Sendo assim, os demais hospitais, públicos e privados, com registro de pacientes hospitalizados que precisem do medicamento deverão entrar em contato com o hospital de referência da região para a retirada do remédio.

A Secretaria da Saúde (SES) também fará o monitoramento dos estoques da cloroquina, podendo remanejá-lo, a fim de melhor garantir o atendimento aos pacientes.

Os hospitais de referência para armazenamento e distribuição de medicamentos:

  • Hospital Universitário de Santa Maria – Santa Maria
    • Hospital Santa Casa de São Gabriel – São Gabriel
    • Santa Casa de Uruguaiana – Uruguaiana
    • Hospital Santa Casa de Alegrete – Alegrete
    • Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento – Santana do Livramento
    • Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo – Novo Hamburgo
    • Hospital Universitário de Canoas – Canoas
    • Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Porto Alegre
    • Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre – Porto Alegre
    • Hospital São Vicente de Paulo – Osório
    • Hospital Nossa Senhora dos Navegantes – Torres
    • Hospital São Vicente de Paulo de Cruz Alta – Cruz Alta
    • Hospital Santo Ângelo – Santo Ângelo
    • Hospital Vida e Saúde – Santa Rosa
    • Hospital de Caridade de Ijuí – Ijuí
    • Hospital de Clínicas – Passo Fundo
    • Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo
    • Hospital Santa Terezinha – Erechim
    • Hospital de Caridade Palmeira das Missões – Palmeira das Missões
    • Hospital Santo Antônio – Tenente Portela
    • Hospital Geral – Caxias do Sul
    • Hospital Nossa Senhora da Oliveira – Vacaria
    • Santa Casa de Rio Grande – Rio Grande
    • Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas – Pelotas
    • Hospital São Luiz – Dom Pedrito
    • Hospital Santa Casa de Bagé – Bagé
    • Hospital de Caridade e Beneficência – Cachoeira do Sul
    • Hospital Santa Cruz – Santa Cruz do Sul
    • Hospital Bruno Born – Lajeado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro combinações de medicamentos em fase de testes em 74 países e cujos resultados são monitorados pela organização. A entidade salienta, porém, que, até o momento, nenhum produto farmacêutico mostrou-se seguro e eficaz para tratar o novo coronavírus.

Nesta quarta-feira, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos retirou de seu site as orientações que dava sobre o uso do medicamento. Agora, apenas alerta que não há drogas ou outros tratamentos aprovados para tratar a Covid-19.

No Brasil, o Ministério da Saúde autoriza o uso da cloroquina em pacientes em estado crítico, e também nos que estão em estado moderado, já internados, desde que médico e pacientes concordem com o uso e seus potenciais efeitos colaterais, especialmente em quem tem problemas cardíacos. As autoridades pedem que a população não se automedique.

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