Sob suspeita. Prisões temporárias são para que investigação corra com tranquilidade, pois ainda há procedimentos
O Setor de Investigações (SI) da 1ª DP de Montenegro trabalhou rápido no caso do assassinato da pastora evangélica Marta Maria Kunzler da Silva e prendeu o companheiro da vítima, Adair Bento da Silva, 38 anos. O mandado de prisão temporária expedido pela Vara Criminal de Montenegro foi cumprido na tarde de segunda-feira. Todavia, a Polícia Civil pediu sigilo, pois queria realizar novas diligências e essa notícia poderia interferir.
E de fato, o trabalho dos agentes resultou em mais uma prisão, essa na tarde de ontem. Um amigo do casal foi detido temporariamente. Sua identidade e o grau de relação deste com a vítima e com Adair não foram informados. Da mesma forma, o delegado Eduardo Azeredo ainda não fala em motivação para o crime. A prisão temporária tem cinco dias, podendo ser prorrogada por mais 30, por se tratar de crime hediondo. Ela é uma ferramenta que garante a investigação sem influência dos supostos envolvidos.
Mas ainda é cedo para atribuir algum grau de culpa para qualquer um dos invidíduos detidos nesta semana. Durante a tarde de segunda-feira, Silva prestou um depoimento de quatro horas, no qual negou participação. Todavia, uma série de divergências levou ao pedido de prisão. Seus relatos também vão de encontro aos indícios apurados até agora pela investigação e com depoimentos de testemunhas. Marta foi assassinada na noite da quarta-feira da semana passada (14) a golpes de faca, dia em que completava 63 anos.
O crime ocorreu dentro da casa onde o casal morava, no momento em que a pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular chegava do culto. Adair afirmou que ocorreu um assalto, que ele foi trancado em um quarto de onde não viu nem ouviu nada.
Os criminosos teriam levado o carro da família, mas este foi abandonado na localidade de Passo da Amora. Chamou atenção que itens de valor, como joias da vítima, foram deixados no carro. Novas oitivas e diligências serão realizadas durante a semana.