O teatro tem o dom de despertar sentimentos variados no espectadores. Sorrisos, expressões de surpresa e medo são arrancadas do público em um momento mágico. Apenas um segundo de interpretação do ator é suficiente para marcar eternamente as emoções de quem o assiste.
E essa bonita troca aconteceu na última sexta-feira, 25, no Teatro Therezinha Petry Cardona, com a apresentação do espetáculo “Macbeth e o Reino Sombrio” pelos alunos da Uergs Camila Pasa, João Pedro Decarli e Rodrigo Waschburger.
Em uma apresentação lúdica, carregada de talento, luzes e movimentos (e uma trilha sonora de tirar o fôlego), a adaptação da obra de Shakespeare reuniu cinco escolas montenegrinas.
Tudo tem início quando os generais de guerra Macbeth e Banquo recebem profecia de três bruxas caminhantes. As previsões colocam o título de Barão de Cawdor e futuro rei a Macbeth. Para Banquo, é o destino do filho que é traçado pela boca das bruxas. Ele será rei também. A partir de então, a trama se desenrola com crime de traição contra o rei (e seu consequente assassinato). E um final surpreendente para quem desconhece a obra.
Público em geral e alunos da Fundarte também se fizeram presentes durante as duas sessões, das 9h30min e 15h. A iniciativa privada financiou a entrada dos estudantes.
O primeiro contato com o teatro
Segundo o professor Ranielly Scheffer, muitos alunos pisaram pela primeira vez em um teatro, na sexta-feira. E os olhos brilhantes, atentos ao misto de estímulos que viam e sentiam, denunciavam exatamente isso.
“Eu já assisti à peça. E é muito oportuna essa vivência, pois estamos trabalhando teatro em aula. Muitos estavam bastante ansiosos para prestigiarem”, destaca Ranielly.
Yanni Coitinho, 12 anos, aluna do 7° ano da José Pedro Steigleder gostou de toda a expressão presente no espetáculo. “Eles cantaram, pularam um por cima do outro, utilizaram escadas… Eu recomendo para quem nunca experimentou e sempre que tiver oportunidade, vivenciarei”, salienta.
Sob a supervisão da docente Romana Barcelos, os alunos Matheus Martins dos Santos, nove anos, e Lauane Darlam Martins, 10, da Escola Adolfo Schüler compareceram ao teatro pela manhã. Matheus, que nunca havia assistido a um espetáculo, relata que a experiência foi a melhor possível. Eufórico para contar tudo o que tinha visto, destacou os movimentos corporais dos artistas. “Em uma hora, quando um personagem gritou, levei um susto. E a peça mistura diversão, suspense… Quero repetir!”, pontua.
A colega Lauane, que já é mais familiarizada com o ambiente cultural da Fundarte, assistiu à peça pela primeira vez. Em segundas, quartas e quintas, ela estuda ballet na instituição. “Sem dúvida vou indicar para toda a minha família, porque meus amigos já estavam comigo aqui”, comenta.
Um dos artistas e idealizadores da adaptação, João afirma que é muito gratificante a recepção dos espectadores após uma apresentação. Ele agradece pelo apoio e patrocínio que democratizou o espetáculo principalmente aos estudantes.