O processo de transição para produção de alimentos mais sustentável no Brasil, do ponto de vista ambiental, econômico e social, depende de subsídios do governo federal para que se estabeça diante do modelo convencional da monocultura e produção em larga escala com concentração de terra e utilização de agrotóxicos.
Essa transição, chamada de agroecológica, está prevista na Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), instituída por decreto federal em 2012. A política não só deixa de utilizar agrotóxicos, mas privilegia a conservação ambiental, a biodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida dos produtores e dos consumidores.
A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), do governo federal, oferece uma linha de crédito de investimento para agroecologia, o Pronaf Agroecologia, concedida a agricultores familiares que apresentarem projeto técnico para sistemas de produção de base agroecológica. No entanto, o agricultor tem que devolver o valor em até dez anos com encargos financeiros de 2,5% ao ano.