Espaço Comunitário Vale do Caí inicia as atividades de 2019

Neste sábado, 16, o Espaço Comunitário Vale do Caí deu início às atividades de 2019, realizando um evento com atividades comuns do local nos anos anteriores. O local foi criado em 2017, a partir do mandato do deputado petista Tarcisio Zimmermann, que não se reelegeu nas últimas eleições, assim pondo o mantimento do Espaço como dúvida para o ano.

A primeira atividade do evento era o almoço comunitário, seguido do projeto Cinema Comentado às 15h, apresentando o filme Depois da Tempestade, documentário independente que traz depoimentos da comunidade LGBT no Brasil. A escolha do filme se deu pelo debate a ser feito sobre a hashtag #écrimesim, que diz respeito à votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a criminalização da LGBTfobia. Às 18h, o Sarau Resistência reúne literatura, música ao vivo, poesia e bate-papo. Durante todo o período do evento, o Brechó Comunitário se faz presente, promovido pelo Coletivo Órbita.

O atual coordenador do espaço, Ezequiel Souza, conta que existem várias atividades comunitárias exercidas pelo local, como o almoço comunitário que acontece toda semana. “O objetivo de 2019 é mantermos o Espaço aberto, reunindo o coletivo negro, LGBT e feminista da cidade. Acreditamos muito na questão do encontro, pois tendo um espaço para promovermos isso, conseguimos articular ações de resistência”, ressalta. “Estamos organizando uma vaquinha virtual para que consigamos apoio. Através dessas atividades, também tentamos arrecadar recursos através de preços acessíveis, já que a peça mais cara do brechó custa R$ 10,00 e o almoço também sai por esse valor”, explica o coordenador.

Equipe que trabalhou no evento deste sábado, no Espaço Comunitário

O Coletivo Órbita, que organiza os eventos em parceria com o Espaço Comunitário, foi formado no curso de licenciatura em Dança da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). O grupo, formado por três integrantes, promove intervenções e performances artísticas com bambolês e, em março, ruma a Araruama no Rio de Janeiro, para a Convenção Carioca de Bambolês, onde apresentam o trabalho Corpos em Órbita.

Camila Pasa, integrante do Órbita, descreve que o grupo busca dialogar mais de perto com a comunidade, misturando técnicas específicas do bambolê com danças que praticam no âmbito acadêmico. “Em Montenegro, vimos um ótimo espaço público, como a Estação da Cultura e o Centenário, além das praças de cada bairro. Em 2017, quando começamos o coletivo, passamos a ir às ruas com bambolês para incentivar quem se interessasse”, relata. Além disso, ela faz a ligação do nascimento do Coletivo Órbita com o Espaço Comunitário, que começaram praticamente juntos. “Desde o início do Espaço, ocupamos aqui trazendo atividades como chás bambolísticos e o brechó, querendo propagar a sustentabilidade, que gostamos de praticar e que vem a calhar com toda a ideia do local. No brechó, também fabricamos bambolês com a venda de acordo com a personalização de cada pessoa”, conta.

As atividades do Espaço Comunitário seguem semanalmente como aconteceu nos dois últimos anos, com almoços e brechós. Mais informações podem ser encontradas na página no Facebook do Espaço Comunitário Vale do Caí e no Instagram pelo perfil @espacocomunitariovaledocai.

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