GELSON WESCHENFELDER tem projeto social e educativo usando histórias em quadrinhos
Contemplando a programação da semana da Feira do Livro de Santa Rosa, que ocorre de 1º a 6 de outubro, o escritor montenegrino Gelson Weschenfelder, 39, será o homenageado do ano. A Feira tem visitação das 8h às 22h no Largo do Centro Cívico Cultural da cidade.
Gelson, mais conhecido como o Filósofo dos Quadrinhos, é graduado em Filosofia e mestre em educação. Atualmente trabalha com formação docente, porém, desde o seu doutorado, Weschenfelder criou uma intervenção usando os super-heróis como tutores de resiliência para crianças e adolescentes em situação de risco.
“Uso os super-heróis como uma fonte de inspiração, onde os jovens visualizam que os super-heróis também já passaram por alguma adversidade social e que eles também irão resolver as situações em que vivem”, explica. Para ele, o primeiro passo é superar as dificuldades da vida.
Após, cada aluno, com auxílio de Gelson, cria sua história, onde eles mesmos são os personagens principais, criando assim, soluções para os problemas vivenciados. Como seu trabalho foi reconhecido internacionalmente, o escritor conta que pesquisas realizadas pela Oxford University mostram que 97% dos jovens que realizam a atividade conseguem se sobresair diante dos problemas citados.
Weschenfelder se sente lisonjeado por receber a homenagem e destaca a importância em ter seu trabalho reconhecido em outras regiões do Estado. “É o reconhecimento de um trabalho de uma década e meia de dedicação à pesquisa sobre quadrinhos no ambiente escolar. Fico muito feliz”, afirma.
O escritor dá destaque ao uso dos quadrinhos como material didático nas escolas. Ele explica que os quadrinhos não lembram tarefas escolares, assim, são ligados ao entretenimento e prazer. “Já dizia Aristóteles que os jovens são levados pelo prazer, sendo assim, esse material traz questões além de um simples entretenimento. Questões essas que enfrentamos no nosso dia a dia, sobre sociedade, ética, comportamento, adversidades sociais, preconceito, ciência entre outros”, sublinha.
Para o escritor, os quadrinhos tornam a aula mais participativa.