Trabalho. Obstáculos, e benesses, fizeram serralheiro transferir-se ao sítio na Fortaleza
O serralheiro Adiner Sheron de Campos fez o contrário do processo que muitos trabalhadores sonham. Ele não esperou ficar velho para curtir o ar fresco e a tranquilidade do campo, e levou seu trabalho para a comunidade de Fortaleza, interior de Montenegro. No sítio que divide com a mãe, alterna seus dias entre retorcer e soldar ferro, e cultivar hortaliças.
Adiner iniciou na profissão há oito anos e passou por duas empresas. Formado em Autocad, realizava design e cálculo de material para peças, decorativas e de emprego em equipamentos, como portão de contra-peso. Essa especialização somou à formação de Técnico em Mecânica. Apesar de sempre buscar o aprimoramento, encontrou dificuldade em um mercado de trabalho escasso para desenhista/projetista.
“Já estou com um pouco mais de idade e tenho formação”, observou o empreendedor de 32 anos, ao explicar a decisão de ser seu próprio patrão. Neste momento, deparou-se com a grande dificuldade para instalar serralheria, que é o barulho aos vizinhos. Fator que reduz as alternativas de localização e o consequente aumento do aluguel. A opção então foi partir para o sítio, com casa própria e vizinhos distantes.
“Olha a tranquilidade que tenho aqui”, diz, pedindo atenção ao som da sanga que corre mansa pelo quintal. O curso d’água inclusive que deu nome ao sítio Cabana do Riacho, oferecendo um aconchego bucólico que motivou sua mãe Isabel Cristina Cheron a transformá-lo em atração turística da Rota Fortaleza.
Da oficina para horta
Entre uma peça e outra, Adiner sai da oficina e vai para a horta. Mexe na terra, trabalha com os morangos orgânicos, que vende com sucesso na cidade; dá pasto para os coelhos e milho para galinhas e para o galo que vivem soltos. Não há como não considerar esta rotina uma terapia capaz de renovar a atenção e a criatividade do trabalho mais rude. “Hoje nem consigo voltar para cidade”. Essa decisão é facilitada pelo fato de cada vez mais ter clientes. A maior parte é de moradores da Fortaleza e das comunidades vizinhas: Passo da Serra e Itacolomi. Mas o jovem empreendedor revela que pedidos vindos da cidade têm chegado cada vez mais, graças à propaganda em redes sociais e do velho boca a boca.
Uma opção cujo resultado perceberá na saúde, pela liberdade, pelo contato com a natureza e pelo privilégio de acompanhar o crescimento do primeiro filho, Gael, de sete meses. Emoções e responsabilidades que divide com a esposa Jéssica, que também optou por trabalhar em casa, e contrastando com a suavidade de seu artesanato em barbante (Macramê).
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