ALUNOS irão representar 166 Escolas do Campo da 2ª Coordenadoria de Educação
A Escola Estadual de Ensino Médio São José do Maratá vai levar ciência do campo ao Pavilhão da Agricultura Familiar da Expointer 2022. No projeto “Aquaponia”, os estudantes criam peixes em consórcio com o cultivo de alimentos. O sistema consiste nas excreções dos animais servirem de adubo para hortaliças cultivadas em tanques. Por estarem com as raízes submersas, elas obtém todos os nutrientes necessários para se desenvolverem.
Inicialmente, os alunos queriam fazer uma horta vertical. Porém, a troca de ideias com professores e direção levou à aquaponia. O projeto estava sendo desenvolvido para a mostra do Dia da Escola do Campo, realizada no próprio colégio. Mas a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), com sede em São Leopoldo, enviou um convite, informando que estavam selecionando trabalhos para a Expointer. O diretor Julio Ricardo Hoerlle foi responsável por inscrever o protótipo dos alunos. Em seguida, veio a grande notícia: que a Escola São José do Maratá seria a representante de todas as escolas do meio rural da regional de ensino no palco da maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina.
Entre os desafios científicos, o diretor destaca a manutenção do PH e acidez da água como as maiores dificuldades impostas ao grupo. Julio salienta que, por lecionar para muitos filhos de produtores rurais, gosta de frisar a importância que o campo tem para seus alunos. “Queremos despertar nos jovens a sucessão familiar, aonde eles entendam que não precisam sair do campo para ter uma vida boa ou se tornarem bem-sucedidos” afirma Julio. Inclusive a Aquaponia será importante expertise no projeto da Unisc “Aprender e Empreender no Campo”, ao qual a São José do Maratá aderiu nesta semana.
A professora responsável pelo projeto, Thuani Flores, diz que vai acompanhar os alunos apenas como orientadora, deixando eles no comando da apresentação. “É uma experiência que vai trazer muito amadurecimento para eles, como estudantes. São essas sensações que definem o futuro e te moldam como profissional” relata.
Laura Flores Hoerlle, de 15 anos, faz parte do grupo científico que desenvolveu a Aquaponia. Entusiasmada, conta que ela e os colegas estão tendo uma oportunidade única. “Estamos ansiosos e muito felizes! Poder compartilhar um pouco do conhecimento sobre nosso trabalho para outras pessoas, será incrível”, comemora.
O projeto da escola de São José Sul será exposto no primeiro final de semana da Feira em Esteio, dias 27 e 29 de agosto.