Sem noção. Há dois meses que a instituição é atacada nos finais de semana
A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Esperança, localizada no bairro Senai, em Montenegro, vem sendo alvo de vândalos há dois meses. Toda a segunda-feira os funcionários encontram depredações e bagunça. No último, criminosos quebraram uma casinha de madeira onde as crianças brincam, rasgaram sacos utilizados para guardar produtos recicláveis de um projeto, danificaram um portão e espalharam lixo pelo pátio.
A direção e o Círculo de Pais e Mestres (CPM) da instituição de ensino pedem providências por parte da Administração Municipal, além de apelar à consciência de quem realiza os atos. Entre as medidas solicitadas estão o cercamento de todo o espaço e uma ronda periódica por parte da Guarda Municipal durante sábados, domingos e feriados.
Em outros ataques foram furtadas lâmpadas e quebrados vidros, telhas e partes do muro. Também já deixaram na escola um cachimbo para o uso de drogas e preservativos abertos. Alguns ataques foram registrados na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), inclusive este último gerou B.O.
A EMEI Esperança recebe, atualmente, 240 crianças de 02 a 06 anos, que, na verdade, são os principais prejudicados pelos delinquentes. “O sentimento é de muita tristeza e impotência. Esperamos uma conscientização, um trabalho junto com a comunidade. Porque a escola é da comunidade. Também estamos aguardando o cercamento de toda a escola e um guarda municipal para fazer a ronda”, frisa a diretora da instituição, Gabriela Brandt Lopes.
A presidente do Círculo de Pais e Mestre (CPM) da Esperança, Alessandra Dieq Munhoz, lamenta os frequentes casos. “Temos uma comunidade escolar bem ativa. Fazemos mutirões de embelezamentos, pintamos, arrumamos a pracinha. E, em outros dias, fazem isso”, comenta. “Eu trabalho aqui há 10 anos. O sentimento é de tristeza”, conclui a mãe, que também é servidora municipal Assistente de Escola. Ela ressalta, ainda, que recursos que poderiam ser utilizados em melhorias no espaço precisam ser empregados em consertos.
A EMEI Esperança já participou de reuniões com a Prefeitura e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar do assunto. Embora reconheça as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Município e destaque o empenho da Administração para tentar resolver o problema, a diretora Gabriela lembra a gravidade da situação. Nesta quinta-feira, 25, às 14h, será realizado um encontro com o prefeito Carlos Eduardo Müller.