Envenenamentos de animais é tema de debate

Os casos de envenenamento em animais retornaram em Montenegro. Pauta recorrente, é motivo para dor de cabeça de donos e protetores. Segundo a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em maio ocorreram dois casos no mesmo dia, no bairro Ferroviário. Porém protetoras da Amoga relatam que casos são mais recorrentes, porém grande maioria não realiza a denúncia.

Preocupadas com a situação, protetoras independentes e da Amoga procuraram o vereador Cristiano Von Braatz (MDB) que requereu uma reunião com as autoridades da Polícia Civil do município. Realizado na manhã dessa quarta-feira, 3, o debate analisou a situação e trouxe algumas medidas para a solução.

Segundo o delegado Regional Marcelo Farias Pereira, é importante conversar sobre o assunto e trocar informações, mas antes de tudo é preciso oficializar a denúncia. “Essa é uma temática que nos preocupa, a gente sabe da importância e a pesar de todas as dificuldades a gente sempre tem trabalhado nisso. As pessoas precisam registrar pra que a gente consiga juntar os elementos, até para pedir mandato e assim por diante”, comenta.

Apesar de diversos relatos circulando nas redes sociais são poucos os Boletins de Ocorrência (B.O.), porém segundo as protetoras a questão não é simples. “Muitas vezes os donos não vão na delegacia registrar B.O, ficam com medo de algo ou não querem se incomodar com a pessoa”, fala a voluntária Maria Izabel Garcia.

Envolvida na causa há anos, Maria Izabel relata que grande maioria dos animais envenenados está dentro de pátios fechados, e lamenta pela situação. “É um sentimento muito triste, é uma impotência ver todos os dias animais sendo assassinados. E se ao invés de um bicho uma criança comer [veneno]?”.

A orientação do delegado André Lorbiecki Roese, responsável pela DPPA de Montenegro, é que os casos sejam registrados através de Boletim de Ocorrência assim que ocorrido. Com a pandemia do novo coronavírus é possível realizar através da Delegacia Online, que possui um sistema simples e fácil.

Como muitas pessoas têm medo de represálias, foi acordado na ocasião que se caso o cidadão não queira fazer com o seu nome ou anonimamente é possível entrar em contato com a Amoga para essa denúncia. Além disso, foi disponibilizado o número de Whatsapp do delegado André Kebach para que o grupo denuncie e troque informações com agilidade. Em setembro nova reunião será realizada para debater o assunto.

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