São Sebastião do Caí foi o ponto de encontro de 122 pilotos que participam do Enduro de Regularidade. Foi realizada uma etapa da região metropolitana que conta pontos para o campeonato estadual da categoria. Esta é a terceira edição que as provas são realizadas pelas cidades do vale do caí com partida de São Sebastião. “Na regularidade o piloto não precisa ser rápido. Ele tem que vencer os obstáculos no trajeto e o controle é feito por GPS que cada um carrega nas costas”, aponta o piloto representante de São Sebastião do Caí, Péricles da Silva.
O trajeto tem entre 100 e 120 km entre as cidades de São Sebastião do Caí, Bom Princípio, Feliz e São José da Hortência. O piloto deve cumprir a prova entre quatro e cinco horas. “Qualquer um pode se inscrever. Os novatos seguem um piloto guia que vai atrás dos competidores”, explica Péricles que participa do enduro desde 2011.
Enduro de Regularidade é mais prazer do que competição
Para o organizador da prova, Marcos Lazareti, esse trabalho é um anti-estresse. Empresário do setor moveleiro, ele aponta que é graças ao espírito colaborativo dos pilotos e demais integrantes da comissão organizadora que torna cada prova uma realidade. Para se ter uma ideia da dimensão do esforço desse pessoal, uma prova como a deste sábado demanda três semanas de organização. “A gente faz cerca de 1.000 desenhos pra uma prova como essa, calcula trajeto. É um vício agradável”, diz Lazareti.
Dentre os competidores o clima é de concentração e parceria. Até porque todos ficam atentos a navegação por GPS para se manter na competição. A piloto Regina Formagio da Silveira entrou na competição em 2014. Foi a primeira mulher entre os pilotos e hoje ela e o noivo, Marcos Freitas participam da modalidade. “Entrei por ‘pilha’ dos meus amigos. E gostei. Aqui conheci o irmão de um desses amigos e através da moto foi que conheci meu noivo”, conta Regina. Marcos disputa o Enduro na categoria de dupla e é um dos líderes na Copa Spinelli, organizada pelo Pampas Off Road. “O segredo é paciência e concentração. Em duplas uma moto sempre pode dar problema e a gente ter que abandonar a prova”, relata o piloto.
Mais do que competição a modalidade é uma grande família, onde o espírito desportista está acima de qualquer rivalidade. “Pra mim que tenho irmão e a noiva aqui, tem muito disso,desse sentido de casa e de família”, diz Marcos.