Em Tupandi, estudantes “pagam” incentivo financeiro com serviços comunitários

Lei municipal beneficia 150 universitários por ano e, em troca, eles desenvolvem trabalhos junto à Prefeitura e escolas

Estudantes universitários de Tupandi podem ter uma disciplina por semestre paga pela Prefeitura. A Lei Municipal nº 715/2006 é pioneira no Estado e ainda oferece o subsídio de 50% dos cursos técnicos profissionalizantes. Em contrapartida, os alunos realizam serviços à comunidade.

Para ter acesso ao benefício, o estudante precisa ser domiciliado há pelo menos dois anos no município e estar matriculado em um curso superior aprovado e reconhecido pelo Governo Federal, ou em cursos técnicos e profissionalizantes que tiverem autorização, registro e reconhecimento da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com a secretária de Educação, Janice Theisen, são inúmeros os tipos de serviços comunitários prestados. “Desde a limpeza de praças e escolas, até a entrega de documentos nas casas dos munícipes”, destaca ela, através da assessoria de imprensa do município.

Os repasses totalizam um investimento de R$ 2.573,33 por estudante universitário. O prefeito Hélio Müller, afirma que auxílio universitário é um incentivo para a educação e que faz com que o jovem se qualifique. No entanto, ele acredita que a contrapartida oferecida pelos jovens é uma forma de eles valorizarem o valor investido pelo poder público.

Auxílio financeiro e pessoal

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Alan Kercher é estudante de Comércio Exterior e aprova a contrapartida ao benefício. Foto: Arquivo pessoal

Alan Kercher, 21, está no 5º semestre de Comércio Exterior na Unisinos e participa do projeto. Segundo ele, a prestação de serviços comunitários durante três horas semanais é também, uma forma de desenvolver o senso de pertencimento dos estudantes. “Além de incentivar os alunos da cidade com esse auxilio, nos faz também participar ativamente de alguma forma positiva na sociedade”, diz.

As atividades são realizadas de acordo com a disponibilidade de horário dos universitários. Eles são divididos em equipes para desenvolver os trabalhos, que podem ser em escolas, praças ou eventos, por exemplo. “Já trabalhei em eventos da prefeitura como na limpeza de carros do município, e sempre tem alguém para ajudar”. Ele acredita que a iniciativa tenha uma boa aceitação da população.

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