Em teste, a picape Chevrolet Montana Sport

Não se pode negar que a carinha dela anda precisando de um facelift — afinal, guarda toda a semelhança com o Agile, que deixou de ser vendido no Brasil ainda em 2014 —, mas a picape Montana tem um visual um pouco mais despojado devido à cor Vermelho Chili, que estreou na linha 2018, às saias laterais, aos aros de 16 polegadas em tom cinza grafite e outros detalhes que caracterizam a versão Sport, que custa cerca de R$ 56 mil. O Ibiá Motores rodou por cerca de 650 quilômetros ao longo de seis dias com uma unidade cedida pela GM e percebeu os pontos fortes e fracos do modelo, que se mostrou vocacionado ao trabalho, apesar do apelo visual esportivo e de alguns itens de conforto.

fotos: Chevrolet/Divulgação

Para o lazer, a suspensão da picape fica devendo em conforto. Sua rigidez é projetada para levar cerca de 750 quilos de carga. Com isso, estradas de chão, vias de calçamento malconservado e pequenos buracos no asfalto foram superados valentemente, até porque também se trata de um modelo alto do solo. Ainda no quesito suspensão surge outro ponto que a distingue de um veículo de passeio: nas curvas em velocidades mais altas e sem carga, o centro de gravidade se concentra na parte dianteira. Assim, a traseira mais leve leva o condutor a dobrar a atenção para não perder o controle.

O câmbio de cinco marchas deve em leveza e precisão. Hidráulica, a direção de base achatada convida à esportividade e, além disso, traz os comandos dos controles de velocidade de cruzeiro, de som e de telefone. Ela não tem central multimídia, mas o aparelho de som de série tem função Bluetooth, além de entrada USB.

Nos testes do Ibiá Motores, o motor 1.4 se mostrou mais do que suficiente para um desempenho esperto (não havia carga na caçamba). O torque não deixa a desejar em nenhum momento, inclusive nas baixas rotações. As médias, durante a avaliação, ficaram na casa dos
13 km/l na estrada e 11 km/l na cidade, sempre com gasolina no tanque. O Inmetro deu conceito A ao consumo dela, que acelera de 0 a 100 km/h em 10,4s. São 99 cv de potência e 13 kgfm de torque.

Da Montana, não se deve esperar sofisticação. Leva algum tempo para se encontrar uma posição boa de dirigir. Em movimento nas rodovias, o ruído interno não é baixo. Ao fechar a porta, você ouve uma batida mais seca e o revestimento do painel e das portas é em plástico rígido. Em contrapartida, ela possui o simples e funcional sistema de luz “siga-me”, que mantém os faróis acesos por alguns instantes após o travamento das portas ao sair do carro.

Versão bem equipada
Na linha 2018, a Montana Sport vem de série com direção hidráulica, protetor de caçamba, capota marítima, degrau lateral de acesso à caçamba, banco do motorista com ajuste de altura, sistema de luz “siga-me”, indicador de mudança de marcha no painel, para-choques na cor da picape, freios ABS com assistente de frenagem de emergência, ar-condicionado, grade de proteção do vidro traseiro, comando elétrico dos vidros, das travas e dos retrovisores externos e computador de bordo.

O acabamento visual mais esportivo está presente nas rodas de liga leve aro 16 em tom grafite, faróis com máscara negra, luzes de neblina, alarme antifurto, estribo lateral tubular, rack de teto, adesivos de coluna e interior com acabamento na cor cinza. Soma-se a isso santo antônio tubular, adesivos pretos para capô e teto, pedaleiras esportivas, sensor de estacionamento traseiro, suporte de bicicleta e tapete de EVA para caçamba (ajuda a reduzir a movimentação e o ruído de objetos transportados no compartimento de carga do veículo).

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