Já pensou se a equipe com a qual você trabalha fosse uma banda? Quem seria quem nesse grupo?
Quem seria o baterista? Aquele que fica bem lá no fundo, mas que dá todo o ritmo do grupo.
E quem seria o baixista? O cara que, quando a música está no mais alto volume, é ouvido de longe, mas que, quando o som está baixo, é mais difícil de ser encontrado.
O guitarrista? Que faz os solos parecerem uma coisa super sofrida, apesar de serem de uma nota só. Mas que, por outro lado, só com aquela nota tem toda a sensibilidade de fazer a diferença no som.
Ou o tecladista? Aquele que também fica no fundo, mas que estudou arduamente para se especializar nas coisas mais “chatas”, para as quais todos recorrem a ele.
E quem, então, seria o vocalista? Que tem total confiança nos demais membros da banda e sabe usar isso para trazer uma canção convincente e que emocione o público.
Nessa sua equipe, será que estão todos tocando uma mesma música e com uma mesma ideia? Esse foi um dos exercícios propostos pelo músico Thedy Corrêa na noite desta quarta-feira, 14, durante o “Seminário CIEE-RS”, que lotou o Teatro Therezinha Petry Cardona, na Fundarte.
Uma organização do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), com patrocínio do Banrisul, o evento foi voltado, principalmente, a empresários e líderes de equipe, trazendo uma proposta bem diferenciada. Pelo viés da música e da criatividade, buscou inspirar e provocar os participantes sobre temas como liderança, trabalho em grupo e gerenciamento de crises.
“Eu criei a palestra estudando conceitos que ajudem quem ouve a se sentir estimulado a ser mais criativo e a lidar com as coisas de maneira diferente”, explica Thedy. “Então, a gente vai até determinado ponto propondo essa criatividade e, de certo ponto em diante, a pessoa que vem na nossa direção, tentando entender o trabalho dela a partir do conceito que eu estou expondo.”
Com mais de 30 anos de carreira na música, o fundador da banda “Nenhum de Nós” já se dedica, desde 2010, a palestras do tipo. Sem largar a música, ele traz a sua bagagem de décadas trabalhando ao lado do mesmo grupo de artistas para sua fala. “As pessoas se sentem motivadas e isso deu bem certo”, destaca.
Thedy já esteve em Montenegro antes. Não só pela banda, mas também para divulgar seu trabalho como escritor em uma das edições de nossa Feira do Livro. “Eu lembro de ter visto a comunidade bem engajada em torno dessa Feira e, com a banda, também fomos muito bem recebidos. Minhas impressões de Montenegro são muito boas”, recorda. Além da palestra, o músico também abrilhantou a noite com duas de suas canções.