Situação de risco. Ambas servem de passagem para caminhões e tratores carregados com lenha e bergamota
Na semana passada, o Ibiá mostrou a situação das estradas na localidade de Serra Velha, zona rural de Montenegro. Hoje, a atenção se volta à comunidade de Lajeadinho, onde duas pontes de madeira têm trazido muita preocupação aos moradores. Visivelmente deterioradas pelo tempo e o fluxo de caminhões, deixam a impressão que desabarão a qualquer momento. Procurada ontem, a Prefeitura informou não ter conhecimento desta situação.
A reportagem visitou a localidade e encontrou o comerciante Lauri Pilger cruzando a primeira ponte, perto da escola, com seu furgão. Ao menos uma vez por semana o cidadão de 58 anos vem de Brochier para comprar vegetais e hortaliças. “Está perigoso”, apontou, ao explicar que sente a estrutura ceder quando passa. A mesma percepção tem o agricultor Mateus Machado, de 17 anos, que na tarde de quinta-feira cautelosamente cruzou o local com o trator vazio.
Todavia, nos outros dias da semana o jovem passa com 4.000 quilos de lenha no carroção quando as tabuas estralam e baixam. “Mas a outra lá é mais perigosa”, revelou Machado. Ele se referia a uma passagem a cerca de dois quilômetros, antes de uma curva acentuada e em declive. Essa também tem buracos e tábuas quebradas. Éder Krug, 38 anos, acredita que foram caçambas com saibro que danificaram a ponte. Os caminhões passaram pela comunidade durante um período do ano passado.
Isso prejudicou os produtores da comunidade, pois os caminhões com lenha estão fazendo um desvio de seis quilômetros por Campo do Meio para evitar a ponte. “O vizinho disse ali não passa com o caminhão carregado”, lembra. A ponte recebeu manutenção há dois anos. Enquanto Éder conversava, seu pai, Lírio Krug, 65 anos, saiu do pomar para apontar que as estradas também estão ruins. O filho recorda que a última vez que a patrola passou foi em outubro de 2016, antes da eleição municipal.
O secretário de Viação e Serviços Urbanos (SMVSU), Ricardo Endres, prometeu que hoje a equipe de manutenção irá à Lajeadinho consertar as pontes. “Não temos nenhum pedido. Ninguém solicitou conserto dessas pontes”, alegou. Ele reitera que a Secretaria espera as queixas e pedidos da comunidade, apontando os problemas. “Nós não temos fiscalização. Então precisamos que as pessoas nos avisem.”
