Confiabilidade nas eleições 2018. O processo realizado até sexta-feira também é aberto aos representantes dos partidos, contudo não há participação
O Cartório Eleitoral da 31ª Zona Eleitoral de Montenegro realiza, durante está semana, a preparação das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas 190 seções eleitorais a serem instaladas, em 7 de outubro. O procedimento teve início nessa segunda-feira, 24, e a previsão é que seja concluído até o dia 28. Eleitores e representantes de partidos políticos podem acompanhar todo o processo. Contudo, somente a imprensa se fez presente durante a cerimônia de preparação da primeira urna. De acordo com o chefe de cartório, Diego Bonato Coitinho, essa é uma oportunidade para esclarecer diversos mitos sobre a urna eletrônica.
A primeira urna atualizada foi a da sessão eleitoral número três, do município de Brochier. O equipamento recebeu cartão de memória e passou por diversos testes de funcionamento, como por exemplo, checagem dos botões, fone de ouvidos – para ser usado por pessoas com deficiência visual – nitidez de imagem, até o processo de lacre da urna. Através do cartão de memória, o equipamento recebe a carga do sistema, ou seja, os dados dos eleitores e dos candidatos. “Em Montenegro serão 190 urnas eletrônicas destinadas para votação e outras oito para justificativas. O Cartório também vai preparar em torno de 20 a 30 urnas para contingência, caso alguma apresente defeito, no dia da eleição, poderá ser trocada para continuar a votação”, explica Diego.
Todo o processo envolvendo a preparação das urnas é aberto aos eleitores e também para representantes das agremiações partidárias. No entanto, não há interesse na participação. “No momento não há ninguém e isso é costumeiro. Normalmente não há interesse nesse acompanhamento das atividades pré-eleitorais. É mais comum o fiscal de partido ficar presente na sessão eleitoral, no dia da votação”, comenta o chefe do Cartório. Diego atribui a falta de interesse da população a uma série de fatores. “Acredito que o principal seja a confiança que eles têm no processo eleitoral. Todo o procedimento é aberto e, inclusive, eles são orientados, previamente, a comparecer”, detalha.
Para Diego, essa é a oportunidade de desmistificar mitos relacionados às urnas, entre eles, que as máquinas são fabricadas na Venezuela e que são preparadas por cidadãos venezuelanos. “A urna eletrônica é feita no Brasil, por uma empresa que ganhou licitação.” O trabalho de preparação é realizado em duplas. A meta é concluir os serviços antes desta sexta-feira. Quem quiser ver de perto o trabalho, pode ir até o Cartório Eleitoral das 10h às 12h ou das 13h às no máximo 16h30min.
Tire suas dúvidas sobre a urna eletrônica
1. A urna eletrônica é venezuelana?
Poderá ser verificado que as urnas existentes no Cartório Eleitoral, assim como as utilizadas em todos os 5.570 municípios brasileiros, são brasileiras. No caso da 31ª Zona Eleitoral, serão utilizadas urnas modelo 2011 para seções eleitorais e modelo 2006 para Mesas Receptoras de Justificativas, todas fabricadas em Minas Gerais.
2. A urna é preparada por técnicos venezuelanos?
Também será visto que as urnas são preparadas por oito técnicos contratados por empresa terceirizada, sob supervisão dos servidores do Cartório Eleitoral, sendo todos residentes nesta cidade de Montenegro.
3. A urna não permite auditoria?
A informação não procede, considerando que na cerimônia de carga são realizadas as seguintes auditorias:
* A verificação Pré-Eleição, onde, ao menos, uma urna será submetida ao teste de votação. No caso, os interessados poderão verificar se a urna contabiliza os votos corretamente, realizando uma votação paralela, podendo ao final constatar a correta soma dos votos cotejando os resultados constantes no Boletim de Urna em comparação com os votos registrados na Urna.
* A conferência dos resumos digitais (hashes), cujo dado está disponível no site do TSE (http://www.tse.jus.br/…/resumos-digitais-hashes-das-eleicoe… ). De posse deste resumo digital, qualquer eleitor pode conferir se o software inseminado na urna é o desenvolvido pelo TSE e fiscalizado pelos órgãos de controle.