Estão chegando as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Os estudantes que se prepararam o ano inteiro estão ansiosos para ver os resultados depois de tanto empenho. O exame acontece nos dias 3 e 10 de novembro. Em reportagem no mês de julho, alunos relataram como estava sua preparação para a prova. Agora, eles falam dos últimos preparativos para a chegada do exame.
Todo tempo é ouro
Laura Ávila Lopes, 17, aluna da Escola Estadual Técnica São João Batista, tentou se organizar o máximo possível. “Eu tô conciliando trabalho e estudo, daí é super corrido e eu só tenho a noite para estudar”. Tentando vencer todos os conteúdos otimizando o tempo e com foco na redação, ela continua traçando seu caminho para a sonhada Medicina Veterinária.
A princípio, o foco da aluna é ingressar no curso pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), através do Enem, na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Ela também pretende fazer o vestibular da UFGRS e tem como uma segunda opção tentar ingressar no Instituto Federal Rio Grande do Sul, na Feliz, e cursar Licenciatura em Química. “Seria um degrau a menos para eu estudar para o vestibular do ano que vem”, explica.
Para Laura, os momentos de mais dificuldade foram entender o processo de memorizar e colocar em prática os conteúdos. “Você aprender é fácil. Agora, memorizar aquilo e realmente aprender todos os processos e entender porque ele vai aumentar no teu conhecimento, isso é o difícil”, completa. Além disso, a dificuldade da disponibilidade também foi um obstáculo.
Dependendo da universidade que a jovem passar, ela terá que mudar de casa. Se conseguir ingressar na UFRGS, a mudança é certa. Já se conseguir entrar na Ulbra ou no IFRS, ela conseguirá permanecer em casa. Chegando a prova do Enem, Laura conta que provavelmente estará estudando até o ultimo dia. “Acredito que até sábado vou estar fazendo redação”.
Revisões a mil
Desde julho, João Vitor de Souza, 17, estudante do Colégio Sinodal Progresso, vem passando por revisões e simulados dos conteúdos. “Foi uma rotina bem puxada. Por que a gente busca estudar todos os conteúdos do Ensino Médio em três ou quatro meses”, explica. Entre simulados, listas e provas, João acredita que todos os estudos irão ajudar no Enem.
Entre tantas matérias e conteúdos, João comenta que seu foco está na boa elaboração da redação e em matemática. Com o sonho de fazer Medicina, o estudante vai realizar o vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entretanto, conta que seu desejo é estudar na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em que pode ingressar com a nota do Enem.
Com animação, João diz que “Vai para Porto Alegre” se passar em algum dos vestibulares. “A gente já conversou em casa. Se eu passar, vou para lá”, conta. A família levou em conta transporte e mensalidades que seriam pagas em uma universidade particular. “Eu penso em morar em uma república, não em um apartamento. Porque um aluguel sozinho é muito caro”. João ainda visa morar com outros colegas que também almejam ir para a cidade.
Agitação nos próximos meses
A estudante do terceiro ano do Instituto de Educação São José, Laura Cristina da Silva, 17, diz que conforme foi estudando, foi se sentindo mais segura. Ela conta que fez o vestibular para o curso de direito da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP). “Depois que eu passei no vestibular em 4º lugar isso me deu uma tranquilidade”, conta. A estudante vai viver uma agitação nos próximos meses, sendo que vai fazer o Enem, vestibular da Unisinos e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Apesar das provas, Laura continua mantendo a calma. Nesta reta final, ela pretende revisar todos os conteúdos com a ajuda dos aulões da plataforma online de estudos que ela assina. Ainda, a estudante utiliza dois cadernos para o auxilio na redação.
O fato de passar no vestibular e ingressar em uma faculdade também mexe com outras questões da vida da jovem. Se ela passar em alguma das faculdades, situadas em Porto Alegre, terá que se mudar para a Capital. “Por mim, eu ficaria em casa. Mas é muito longe, então não tem jeito”, conta.
