Duas agências explodidas na mesma noite em Maratá

Moradores passaram por momentos de terror na madrugada de sábado

“Foi uma noite de terror”, resume a professora Mirtes Maria Sost. A história vivenciada por ela e a família na noite da explosão a dois bancos em Maratá foi uma das mais impactantes.

Por volta de 1h30min da madrugada, Mirtes e o namorado regressavam com a filha e um amigo, do hospital da Unimed, em Montenegro. A menina passou mal, ficou em observação e foi liberada. Por volta de 1h45min a família chegou em casa e guardou o carro na garagem. Logo em seguida veio a primeira explosão. “Nos assustamos e nos escondemos no banheiro da garagem. Ouvimos tiros em direção às casas e meu namorado disse para nos abaixar”, conta a professora, que precisou de calmantes para começar o sábado.

moradores flagaram os bandidos fortemente armados. Na manhã de sábado pelo chão da cidade haviam diversas cápsulas de balas deflagradas pela quadrilha

Aação inicial demorou cerca de 15 minutos. Os bandidos haviam explodido a agência do Bradesco, que fica ao lado da Brigada Militar. Por whastapp os moradores foram se comunicando em meio ao pavor da noite. “Uma vizinha disse que eles estavam nervosos, como loucos porque não acharam dinheiro no banco. Então eles foram até o Banrisul.”, relata Mirtes. Enquanto os bandidos se dirigiam para explodir a segunda agência, os moradores gritavam de dentro de casa para que eles fossem embora. “Uns diziam, ‘vão embora seus bandidos’. E eles atiravam em direção as casas de onde vinham as ameaças”, aponta Mirtes.

Houve a segunda explosão e, em seguida, cessou a movimentação. Mirtes conta que assistiu a vídeos de câmeras de segurança de um vizinho. Ali, se deu conta do perigo “Eles estacionaram um Corolla perto de casa. Desceram uns quatro. Um deles viu meu carro e foi até a esquina cuidar. Depois que viu que entramos na garagem, iniciou a explosão e os tiros”, aponta a professora de 50 anos. Por pouco a família não chega na região do assalto em meio à forte artilharia da quadrilha. “A gente tem que agradecer que não foi a nossa hora”, diz Mirtes.

Há cerca de 20 dias a agência do Banrisul já tinha sido ataca com explosivos. “A reforma estava quase pronta no banco. É lamentável, uma cidade como Maratá passar por um terrorismo desse”, desabafa.

Polícia segue investigando
A 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEIC, informou que está investigando preliminarmente as explosões às duas agências bancárias de Maratá.

O delegado Eduardo Pepe, que estava de plantão na noite do crime, compareceu ao local logo após as ações dos criminosos nas agências, localizadas no Centro da cidade.

Não há informação concreta da quantidade de envolvidos. Houve disparos de arma de fogo e o caso está sendo tratado como roubo circunstaciado.

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