A Braskem, empresa dona do Polo Petroquímico de Triunfo, divulgou nesta quinta-feira, 8, o seu balanço trimestral. O resultado não é dos melhores. O lucro do segundo semestre de 2019 foi de R$ 129 milhões, representando uma queda de 76% ante ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a diferença é ainda maior: o montante de lucro caiu 91%.
À imprensa, o presidente da empresa, Eduardo Musa, atribuiu o mau desempenho à combinação de um ciclo de baixa nos preços internacionais das resinas plásticas e a questões operacionais enfrentadas pela companhia. A Braskem precisou lidar, no período, com um problema ambiental em sua mina de soda-cloro, em Maceió, o que afetou bastante a produção; e também sentiu o impacto da desaceleração da economia global devido à “guerra comercial” entre Estados Unidos e China.
Recentemente, outra notícia envolvendo a Braskem trouxe bastante preocupação para a região. Foi quando a empresa holandesa que negociava a compra da companhia desistiu da aquisição; e sua principal dona, a Odebrecht, pediu recuperação judicial. A situação alarmou entidades representantes de classe, como o Sindiquim e o Sindipolo, que se disseram preocupados com o futuro do Polo de Triunfo.
Na coletiva de imprensa que anunciou a queda do lucro nesta semana, no entanto, o presidente, Eduardo Musa, salientou que, apesar dos maus resultados, tem expectativa positiva para o próximo ano, principalmente no Brasil. Ele disse, porém, que não acredita em recuperação ainda para 2019.