A companhia Teatro Social Tio Tony retornou as suas origens nesta manhã de sábado, dia 12, apresentado “Dom Quixote – O Sonhador Solitário” à comunidade do Germano Henke. Seu diretor, Tio Tony, nome artístico de Antônio Lopes, lembrou várias vezes que foi naquele bairro de Montenegro, em 1988, que nasceu a trupe de teatro de rua, até sua mudança para Teutônia. O grupo que é formado pela família de Tio Tony está na estrada com o projeto Palco Mambembe II, que tem apoio da Secretaria do Estado da Cultura, com financiamento Procultura RS.
O psicólogo, ator e pesquisador Tony Filho, Antônio Lopes Filho, leu em espanhol originais do escritor Miguel de Cervantes e realizou duas livres adaptações do épico romance “Dom Quixote de La Manch”. Uma maior composta para ser levado aos palcos de teatros; outro
reduzida foi concebido para cumprir a função de “se aproximar do povo”, resgatando a arte milenar do teatro mambembe, que aqui nas terras Brasil também recebeu elementos característicos.
Este estilo “de rua” tem sua importância na conexão humana, justamente o que o Teatro Social pretende alcançar com o Palco Mambembe. “Quando não podiam mais fazer espetáculos com temática que não fosse religiosa, que a igreja não aceitava, eles pegavam sua trupe, sua família e sua carroça, que virava palco e sua casa, e iam de cidade em cidade se apresentando nas praças”, explicou Tio Tony.
A peça coloca Cervantes interagindo com seu mais celebre personagem, reafirmando a liberdade de sonhar que Dom Quixote, e que ninguém, deve perder. É uma história a respeito de adaptação e, sobretudo, de esperança.
“Não deixemos de sonhar. O importante é sonhar grande”, declarou Tony Filho ao público que se reuniu em frente à Escola Estadual do Núcleo Habitacional Promorar. Pois não apenas o bairro está do sangue da trupe Teatro Social, como também a própria escola do Germano Henke, que foi presenteada como palco da única apresentação do espetáculo em Montenegro. O Palco Mambembe leva ‘Dom Quixote – O Cavaleiro Sonhador’ passa por mais 9 municípios, sempre em comunidade periféricas.