Conforme exames realizados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), o projétil que matou o policial civil Leandro de Oliveira Lopes, de 30 anos, partiu de um fuzil calibre 556. Um exame de comparação também foi realizado com a bala retirada do corpo de Leandro e as armas usadas pela Polícia durante a ação que culminou em sua morte. Os exames não identificaram de que arma partiu o disparo que acertou o jovem. O segundo exame teve resultado inconclusivo.
O resultado do laudo chegou até o delegado regional, Marcelo Farias Pereira na segunda-feira, 04. Segundo ele, o inquérito segue com oitivas de pessoas e na busca por Valmir Ramos, o “Bilinha”, que encontra-se foragido. O outro suspeito, Paulo Ademir de Moura, vulgo “Zoreia” foi preso em 19 de maio.
Conforme o delegado, ainda é cedo para descartar qualquer possibilidade que envolva o caso. Uma das suspeitas levantadas após o crime é que o policial tivesse sido acertado por “fogo amigo”, ou seja, por um disparo da própria polícia. “Não temos como afirmar nada. As pessoas seguem sendo ouvidas”, destacou Marcelo.
Relembre o caso
Leandro foi morto durante cumprimento de mandado de prisão contra Valmir Ramos, o “Bilinha”, no dia 02 de maio. O inspetor e mais 23 policiais, entre eles integrantes do Grupamento de Operações Especiais (GOE), foram recebidos a tiros quando ingressaram no sítio, onde o acusado e seu comparsa seu comparsa Paulo Ademir de Moura, vulgo “Zoreia” estavam escondidos, na localidade de Matiel. Bilinha tem registros por tráfico de drogas, roubo e outros crimes, além de ser ligado a uma facção criminosa.
Os agentes estavam, aproximadamente, 30 metros da propriedade quando a dupla começou a atirar contra eles. O projétil ultrapassou o colete e atingiu o tórax de Lopes, que seguia no terceiro grupo. Levado por colegas, ele chegou a ser atendido no Hospital Sagrada Família, em São Sebastião do Caí, mas não resistiu ao ferimento.
A polícia não descartava a possibilidade de “fogo amigo”, ou seja, o tiro ter partido dos próprios policiais, por acidente. O projétil retirado do corpo tinha calibre 556, compatível com armas usadas pelos policiais.
O inspetor Leandro de Oliveira Lopes trabalhava para a Delegacia de Homicídios de Canoas. Ele estava dando apoio à operação coordenada pela Delegacia Especializada de Furto, Roubos e Capturas (Defrec) do município.