Dipirona importada da Venezuela com o vírus Marbug? Mentira!

Está circulando novamente, nas redes sociais, uma mensagem afirmando que um novo Dipirona, importado da Venezuela estaria sendo comercializado no Brasil. A mensagem também afirma que o medicamento estaria contaminado com o vírus Marburg, “considerado um dos vírus mais perigosos do mundo. E com alta taxa de mortalidade”.

O texto descreve o novo Dipirona, em que está escrito S/500, como “muito branco e brilhante”. A mensagem ainda pede que todos sejam alertados antes que a mesma seja tirada de circulação.

Essa informação é falsa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, já no final de 2017, que não há informações sobre a importação de dipirona da Venezuela, nem dados sobre produtos que contenham vírus na cápsula ou embalagem. A agência explica ainda que todos os medicamentos vendidos no Brasil e que possuem registro têm “eficácia e segurança avaliadas antes da entrada no mercado”.

Sobre o vírus

O vírus Marburg de fato existe. Ele é responsável pela febre hemorrágica e pertence à mesma família do Ebola, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras. Ele é um vírus transportado por animais, porém o hospedeiro original deste patógeno não foi identificado até o momento. A forma como o animal transmite a doença para os seres humanos não é conhecida, mas sabe-se que os seres humanos transmitem o agente para outros de sua espécie através de fluídos e secreções corporais.

Casos do vírus são raros e foram registrados em poucos lugares. Apesar de o vírus ter surgido na Europa em 1967, ele veio com macacos de Uganda. Nenhum outro caso foi registrado até 1975, quando um viajante que (provavelmente) foi exposto ao vírus no Zimbábue, desenvolveu a doença em Johanesburgo, África do Sul.

Em 1980 outros dois casos foram registrados no oeste do Quênia. Outros casos isolados foram registrados em 1987, também no Quênia e no ano seguinte, na República Democrática do Congo.

O vírus é encontrado em países do sul da África.

Outra fake news semelhante
No ano passado, outra notícia semelhante circulou nas redes sociais, dessa vez, falando sobre a ocorrência do vírus Machupo no Paracetamol P/500. O Ibiá também desmentiu essa informação. Veja aqui.

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