O Dia Nacional dos Animais é comemorado anualmente no Brasil em 14 de março. A data especial foi criada com intuito de conscientizar a sociedade contra os maus-tratos dos animais domésticos e silvestres. A violência contra os animais é crime, previsto na Lei nº 9.605, que tem como pena de um a quatro anos de detenção.
Como o amor pelos animais surge?
O veterinário Raphael Zamboni sempre teve afeto pelos animais, ele conta que desde criança tinha animais e percebeu que tinha um dom com eles. Raphael diz que no Dia Nacional dos Animais é importante a conscientização desde criança. “É preciso ensinar a respeitar todos os animais desde pequeno, para se tornarem adultos responsáveis”, completa. Mas como cuidar da forma certa dos animais? O veterinário explica que levar periodicamente para exames, manter as vacinas em dia, ração e água fresca disponível, além de dar muito amor e ter tempo para brincar é o necessário para o bem-estar dos animais. Quando se trata dos silvestres, a situação é delicada. “Necessitam muitos cuidados, pois, precisam estar alojados em espaços específicos para a sua espécie”, alerta. O ideal é seguir as regras do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Estudante tem uma família de coelhos
A estudante Inês Vicente tem como companheiros uma espécie diferente: coelhos. A tutora tem quatro animais, um macho e três filhotes. A história do coelho macho é um tanto inusitada, vendido como fêmea, Bichona só foi descoberto como do sexo masculino ao procriar com uma fêmea que Inês ganhou de um amigo. “Nós vimos a Bichona (macho) procriando com a fêmea e então levamos ao veterinário, daí descobrimos que ela na verdade era ele”, conta. A estudante diz que é importante existir leis para proteger os animais contra os crimes de maus-tratos e abandono, “As pessoas precisam denunciar, às vezes sabem que o animal está sofrendo e não fazem nada”, completa.
Uma tartaruga como companheira por anos
Evandro tem um animal de estimação de uma espécie bem incomum, uma tartaruga. O mascote se chama Michelangelo e tem 3 anos. O nome é inspirado na série de desenhos Tartatugas Ninja e foi dado quando Evandro comprou o animal em uma agropecuária. Além de Michelangelo, ele é dono de Regina, uma gata. Entre as muitas histórias, Evandro conta um pequeno susto que tomou no último inverno, “Era um dia muito frio, ele estava quieto em um canto, não comeu nem mesmo os camarões que ele adora”, relata o tutor, que foi atrás de informações quando descobriu que assim como outros répteis, as tartarugas costumam hibernar durante os dias frios. “Nesses dias, é importante os banhos de sol que ele tanto ama”, completa. Evandro diz que acha pertinente existir dias para a conscientização contra os maus-tratos tanto de animais domésticos como silvestres, “Acho muito importante, também é necessário existir mais leis específicas para punição desses tipos de crimes”, diz. Em relação à cidade de Montenegro, o morador diz haver ONG’s que fazem um trabalho importante na área, entretanto, é importante a ação de todas as pessoas. “Acho que as pessoas têm que denunciar quando sabem sobre animais que sofrem maus-tratos ou vivem em más condições”, diz. Nesse dia de conscientização, o tutor a completa com a mensagem da importância da adoção: “São animais a menos na rua, a Regina foi adotada”, conta. Além disso, para Evandro, a castração e não comprar animais sem procedência e ilegalmente são ações importantes. “Uma tartaruga deve ser comprada em lugares específicos e manter animais assim o mais próximo do seu habitat natural proporciona uma boa qualidade de vida”, explica. Evandro finaliza com ênfase na família. “O importante é dar carinho e amor aos pets, pois nos tornamos a única família deles”, completa o tutor.
Cão adotado é o primeiro animal de estudante
A história de Rafaela Ramos Pereira, 19, e Dinho, de 9 meses, é como a sensação do primeiro amor, pois, é o primeiro animal de estimação dela. O cão, preto e agitado, foi descoberto pela moça através do Facebook, no grupo Cachorreiros e Gateiros de Montenegro e adotado através do Sapecão, onde uma voluntária o cuidava temporariamente. Desde o começo a família já decretou “Apenas na rua”, mas, Dinho era acostumado a dormir dentro da casa da voluntária e demorou a se adaptar. “O processo dele aprender a dormir no pátio foi complicado, mas daí usamos o cobertor que ele dormia e sempre que ele chorava eu ia ficar com ele na rua”, conta. Rafaela ainda diz que agora Dinho adora o seu lugar, pois, é perto do seu quarto, onde ele pode ouvi-la acordar. Após a adoção, Rafaela também investiu em um melhor bem-estar para Dinho. Hoje ele é adestrado em um hotel para cães, onde aprendeu a socializar com outros animais. “Antes ele latia para todas as pessoas e tinha medo de outros cachorros, agora ele não late mais e adora brincar com os outros cães”, conta. Para Rafaela, Dinho além de um companheiro agitado, é um ser muito especial. “Todos os dias do Carnaval, quando ele estava hospedado no hotel, eu chorava de saudade, quando ele chegou o reencontro foi maravilhoso”, conta emocionada.