Trabalhadores exaltam a importância de fazer a diferença na vida das pessoas
Hoje é dia de celebrar o trabalho e os trabalhadores, que se empenham diariamente para fazer a diferença na vida das pessoas. Seja formal ou informal, na chuva ou no sol, em casa ou em um escritório, trabalhar é fundamental para a população. Em meio a uma pandemia como a que estamos enfrentando, há muitos profissionais impossibilitados de atuar, devido às orientações dos órgãos de saúde e do governo, mas também há inúmeras pessoas que precisam trabalhar, nos serviços essenciais à população.
O momento é complicado para todos os setores. Infelizmente, muitas empresas estão fechando as portas durante a pandemia. Outras reduziram a equipe e os horários de trabalho para conter gastos. Por isso, as pessoas que continuam empregadas devem valorizar seu trabalho, ainda mais em um período difícil que o mundo todo enfrenta atualmente.
Morador de Taquara, John Zambrano vem a Montenegro todas as segundas-feiras (e passa a semana no Vale do Caí) para ajudar as necessidades de milhares de famílias. Ele é gerente de loja do Desco Super & Atacado. “Essa situação, particularmente, está provando a cada dia que estou no lugar certo, fazendo a coisa certa, pois tenho paixão pelo que faço. Nossa missão de proporcionar a melhor experiência de compra para os clientes está cada dia mais presente em nosso dia a dia”, enaltece.
O gerente se diz orgulhoso por trabalhar na área de supermercados. Além disso, John afirma que o momento está o surpreendendo, pois além de tirar sua equipe totalmente da rotina, leva todos a um nível elevado de cuidado e preocupações, principalmente com o time de colaboradores e suas famílias. “Nossa rotina está muito mais agitada que o normal, em todos os sentidos. Tenho muito orgulho de trabalhar em uma área que não parou em nenhum momento e, diariamente, supre com muito carinho as necessidades de milhares de pessoas”, ressalta. “Temos pessoas incríveis trabalhando conosco, pessoas que nos inspiram todos os dias em fazer o nosso melhor. Quando volto para casa, tenho a certeza que meu dever foi cumprido, da melhor forma possível”, completa John.
Quem também não parou durante a pandemia do novo coronavírus é Antônio Henrique Schommer, que atua no setor operacional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) há sete anos. Ele observa que o serviço está mais tranquilo nos últimos dias, justamente em função do fluxo reduzido de veículos e menos pessoas transitando nas ruas a partir do fechamento de parte do comércio após decreto.
Antônio destaca a importância do serviço realizado pela companhia e cita o risco enfrentado por estar exposto neste período. “Prestamos um serviço essencial, o abastecimento de água à população. Temos que correr o risco de estar na rua, porém, temos a satisfação de realizar o nosso serviço com agilidade e eficiência em meio à pandemia. Nos sentimos realizados e felizes. Todo o trabalho que é feito com satisfação e dignidade, nos torna uma pessoa útil dentro da comunidade em que vivemos”, exalta.
“Não trocaria minha profissão por nenhuma outra”, ressalta policial militar
Entre os profissionais mais expostos, estão os policiais. E não apenas ao contágio do novo coronavírus. Eles dão a vida pela população. Muitas vezes mal interpretados na função de representar o estado no cumprimento da lei, os agentes estão disponíveis para ajudar em qualquer situação. Os policiais não são inimigos ou opressores, como muitos cidadãos – que levam para o lado pessoal – os veem.
Agente do 5° Batalhão de Polícia Militar de Montenegro, a soldado Tatiane Scherer enaltece o papel da PM para a sociedade. “Ser policial é a única profissão que você dá a vida por quem te critica. Independentemente dos problemas, não trocaria minha profissão por nenhuma outra. As pessoas não estão interessadas em dar conselhos para uma família com problemas às 3h da madrugada de um domingo, ou entrar às escuras em um edifício que foi arrombado, ou presenciar dia após dia a pobreza, os desequilíbrios mentais, as tragédias humanas”, frisa.
“O que faz um policial suportar o desrespeito, as restrições legais, as longas horas de serviço com baixos salários, o risco de ser assassinado ou ferido? A única resposta que posso dar baseada na minha curta experiência como policial, é que todas as noites retorno para casa com um sentimento de satisfação, de ter contribuído com algo para a sociedade, estando com o sentimento de missão cumprida”, acrescenta a agente, enfatizando que, atrás de um policial, existe uma mãe, um pai, uma família esperando o retorno dos profissionais para casa.
“Todo mundo está se doando um pouco mais”, diz gerente de banco
“Escolha um trabalho que você ame e nunca mais terá que trabalhar um dia em sua vida”. A frase é de Confúcio, pensador e filósofo chinês, mas se encaixa perfeitamente na ideia de Tito Lívio Fauth Filho, gerente de um banco em Montenegro. Nos últimos dias, o trabalho exige ainda mais empenho dos profissionais.
Apesar de não ter um minuto de descanso durante o expediente e muitas vezes almoçar apenas no final da tarde, Tito ressalta que fazer a diferença na vida das pessoas está acima de todas as adversidades. “Estou fazendo o que gosto de fazer, ajudar as pessoas e estar com os colegas. Cada atendimento é gratificante para mim. Não é uma questão de metas ou resultados. Damos o nosso melhor e fazemos isso porque sabemos que é importante para as pessoas”, declara.
Natural de Brochier, o gerente reforça a felicidade em ajudar a população e conta que, para ele, é satisfatório atender pessoas que conheceu na infância. “O momento é de pandemia e dificuldades, mas colaborar com a realização de sonhos é muito bacana. Cerca de 90% da nossa equipe assinou um termo para ajudar voluntariamente as pessoas neste período. Todo mundo está se doando um pouco mais”, complementa Tito Lívio Fauth Filho.