Há 40 anos, quando o Ibiá começou a circular, a geografia da região era diferente. Como lembra a diretora Maria Luiza Szulczewski, a Lica, naquela época cidades como Brochier, Maratá, São José do Sul e Harmonia eram distrito de Montenegro. “Por isso, as notícias abrangiam igualmente todas essas comunidades, que depois se transformaram em Município”.
Com a emancipação desses Municípios – que foram noticiadas no Jornal Ibiá –, o periódico passou, em 1998, a circular oficialmente em Brochier, Maratá, Pareci Novo e São José do Sul. “Havia correspondentes que enviavam as notícias para serem publicas no jornal. Os exemplares eram entregues nos mais longínquos cantos, o que despertou grande interesse, já que o Ibiá foi o único veículo impresso a circular no interior”, destaca Lica. “Hoje, completando 40 anos de existência, o Ibiá continua com o mesmo serviço, ampliado pela possibilidade de acessar os conteúdos pelo computador”, complementa.
Assim, há 25 anos, o Jornal Ibiá está dia a dia ao lado de que mora nas cidades dos arredores de Montenegro. É o caso do que acontece na casa de Erni Oscar Schumacher, no Centro de Brochier. Ele é assinante do diário desde 1998. Erni ainda recorda que não estava em casa quando a assinatura foi oferecida para sua esposa Loiva. Por isso, até hoje, a assinatura está no nome dela.
Erni diz que optou por assinar o jornal para ficar sabendo o que acontece na região em diferentes espectros, desde a política até o esporte. Nesses 25 anos de assinatura, ele vê o Jornal Ibiá como um grande parceiro também para os negócios. “As promoções dos mercados! Quanta coisa a gente ‘ganhou’ em cima disso aí”, afirma. Donos de comércio, Erni e a esposa olhavam as promoções no Ibiá para depois se deslocar para Montenegro e fazer compras de forma econômica. “Muitas vezes, numa semana já se pagava a assinatura do jornal só nessas coisas”, garante.
Hoje, o assinante mantém uma rotina especial. Assim que escuta o entregador arremessar o jornal na sua varanda, ainda na madrugada – por volta das 3h –, ele recolhe a edição, lê e volta para a cama. O hábito, revela, vem de anos. E é nas primeiras horas de cada dia que ele lê as notícias locais e também os textos dos colunistas, tendo preferência pelos escritos do médico Dirceu Mauch.
Em todos esses anos de assinatura, Erni guarda diversas lembranças sobre coisas que leu no Ibiá. Vão desde a trágica morte de um sobrinho num acidente de trânsito até a vez em que ele mesmo foi capa do jornal. Na edição de 6 e 7 de junho de 2009, o aposentado foi a foto de capa junto com o aipim de 1,60 metros que colheu.
“Levei (a edição) para tudo que é lugar”, recorda. Inclusive, ele mantém até hoje o jornal daquela data guardado. Se Erni segue um fiel leitor das edições impressas, sua esposa, assim como o Jornal Ibiá, se adaptou aos novos tempos e acompanha as publicações do periódico pelas redes sociais.