Polícia Civil. Concurso de domingo traz expectativa a Marcelo Farias Pereira
O concurso público para ingresso nas carreiras de escrivão e de inspetor de polícia começa, efetivamente, neste domingo, com a realização da prova de capacitação intelectual. Ainda há um longo caminho até a nomeação dos aprovados, mas o certame já gera expectativa em Montenegro e municípios vizinhos. O delegado regional, Marcelo Farias Pereira, torce para que, pelo menos, dez dos novos servidores sejam lotados no Vale do Caí.
O edital, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 18 de dezembro de 2017, visa o provimento de 600 vagas para cada um dos cargos. Conforme a Fundatec, empresa responsável pelas etapas de prova teórica e avaliação da aptidão psicológica, 44.238 candidatos realizaram a inscrição para os concursos, sendo 19.368 inscritos para o cargo de escrivão (44%) e 24.870 inscritos para inspetor de polícia (56%).
O último certame com o objetivo de nomear novos policiais, realizado em 2013, teve 14.189 candidatos (5.868 para escrivão e 8.321 para inspetor). Na ocasião, eram 700 vagas no total.
Para o delegado regional, a movimentação para aumentar o efetivo da instituição traz a esperança de que a falta de policiais vai diminuir. “Há sempre uma expectativa quando são abertos editais para a área da segurança pública. Mas ainda não há nenhum indicativo por parte da Secretaria de Segurança sobre quais áreas receberão novos servidores”, comenta, ponderando ser cedo para um planejamento nesse sentido, pois o concurso está apenas no começo. Apesar disso, acredita-se que haverá reforço no efetivo, medida que permitirá ao Estado oferecer um serviço cada vez mais qualificado para os cidadãos dos municípios atendidos pela Central de Polícia do Vale do Caí.
Após a prova de capacitação intelectual e a avaliação da aptidão psicológica, as demais fases ficarão a cargo da Academia de Polícia do Estado (Acadepol), por meio da Divisão de Recrutamento e Seleção. Nesta etapa serão realizados o teste de aptidão física e o curso de formação, com previsão de duração de sete meses.
O edital prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência e para pessoas negras ou pardas. A deficiência deve ser compatível com a atividade policial. Isso será avaliado por uma comissão especial. O exame toxicológico será exigido na inspeção de saúde.
Sindicato quer nomeação dos aprovados
O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) ressalta como importante o concurso. O presidente, Issac Ortiz, revela que existem quase 80 cidades com apenas um policial. Também, segundo ele, diversas com somente dois ou três.
Ortiz frisa a necessidade de os novos agentes entrarem em exercício o mais rápido possível. Respeitados os prazos legais, a categoria cobra que, logo depois da publicação da lista com os nomes dos aprovados na primeira fase, eles sejam chamados para participarem do curso de formação. “Esperamos que, após o curso, o governador nomeie todos os novos policiais, imediatamente. A defasagem é brutal e não temos tempo de esperar um chamamento gradual”, finaliza.
No dia 29 de novembro, 99 inspetores e 13 escrivães receberam o diploma de conclusão do curso de formação. Durante a cerimônia na PUCRS, em Porto Alegre, o govenador José Ivo Sartori surpreendeu e nomeou os 112 policiais. Com eles, um total de 555 novos agentes se formaram ao longo de 2017. As turmas anteriores, formadas em janeiro e junho deste ano, já haviam tomado posse.
Disputa terá prova de redação
A prova teórica será realizada durante todo o domingo. Pela manhã, os candidatos fazem as questões de português e uma redação. À tarde, legislação, raciocínio lógico e informática. Os testes objetivos somam 80 pontos, e a redação, 20. Só terão os textos corrigidos os inscritos que somarem, pelo menos, 18 pontos em português e 48 na soma total. Na redação, para ser aprovado, é preciso ter, no mínimo, a nota12.