PROVIDÊNCIAS. Semáforo ou quebra-molas são apontados como solução, mas isso não está nos planos
Quem mora ou trabalha próximo à esquina das ruas Osvaldo Aranha e Coronel Antônio Inácio está acostumado a presenciar cenas de acidentes. Alguns até colecionam histórias de parentes que já se envolveram em colisões ou ajudaram no socorro às vítimas. Para essas pessoas, é preciso que providências sejam adotadas, antes que o pior aconteça. Mas, conforme a Administração Municipal, no momento, não há projetos de melhorias para o trânsito no local.
O caso mais recente ocorreu por volta das 9h30min dessa quinta-feira, 26. Uma motorista perdeu o controle de um automóvel Onix, vindo a colidir com um carro estacionado. Na sequência, ela invadiu a calçada e bateu na grade de uma casa, na esquina. A condutora foi socorrida pelo Samu e encaminhada para atendimento hospitalar. Ela apresentava alguns ferimentos, mas não corre risco.
A casa que teve sua grade arrebentada pelo impacto do veículo pertence a Therezinha Cardona, viúva do ex-deputado Roberto Cardona. Procurada pela reportagem, ela não quis comentar o caso, apenas informou que o seguro irá pagar o conserto. Essa não é a primeira vez que algo assim ocorre na residência dela e, conforme os vizinhos, talvez não seja a última.
Trabalhando em um salão de beleza do outro lado da esquina, Raquel Hegner conta que, em três anos de atividades no local, já presenciou muitas “coisas feias” acontecerem por lá. “Já vimos uns quatro acidentes graves, fora os pequenos que ocorrem quase todas as semanas e que não são registrados”, aponta a empresária. “Já trouxe várias pessoas acidentadas para dentro do salão, para se acalmarem. Meu medo é que, hora dessas, um carro entre aqui dentro”, comenta.
Morando em um edifício na rua Cel. Antônio Inácio, Doris Rosane Petry também já viu e soube de várias colisões próximo de sua residência. A ex-nora dela, por exemplo, já foi vítima do trânsito no local. “Ela vinha na preferencial e quase foi para dentro do consultório que tinha aqui na esquina”, lembra Doris.
Raquel salienta que muitos condutores que se deslocam pela Cel. Antônio Inácio tendem a não respeitar a preferência de quem segue pela Osvaldo Aranha, principalmente aqueles que são de outras cidades. “Em geral, os acidentes envolvem uma carro daqui e outro de fora”, acrescenta.
Segundo a empresária, a incidência de acidentes diminuiu depois que foi feita sinalização horizontal na esquina, mas é insuficiente. Raquel e Doris concordam que algo urgente precisa ser feito. “Tem que colocar sinaleira ou quebra-molas. Só assim vai diminuir o número de acidentes aqui”, acredita a cabeleireira.
Contudo, atender a reivindicação das cidadãs não está nos planos do Departamento de Trânsito do município. O diretor Airton Vargas informa que, no momento, não há previsão de instalação de sinaleira, nem quebra-molas naquela área. E que todas as modificações no trânsito devem passar pelo conselho municipal.