Da participação na construção do Beira-Rio ao sonho do tetra

Paixão. Taxista Betão está presente no estádio em todos os jogos do colorado

Um dos episódios mais marcantes da história centenária do Inter é a construção do estádio Beira-Rio, que só foi possível com a colaboração dos torcedores. Em 1969, um dos apaixonados pelo clube que ajudou a deixar a casa colorada pronta para a inauguração foi o taxista montenegrino Gilberto Vargas da Silva, o Betão, 67 anos. Ele trabalhou no escritório, confeccionando carteiras de sócios, e vivenciou tudo de perto. Presente no Beira-Rio em todos os jogos da equipe, Betão espera ver o time do coração levantar a taça do Campeonato Brasileiro neste ano.

Sócio do clube há mais de 40 anos, assim como a esposa Maria Cristiana Pinheiro Machado da Silva, a Kity, o taxista mostra orgulho por ter ajudado na construção do estádio colorado. “Foi uma época muito boa, tenho um orgulho muito grande por ter trabalhado lá. Na época, um amigo que já trabalhava há mais tempo dentro do clube me convidou para ajudar. Foi feita uma força-tarefa antes da inauguração”, relembra.

Sua função no escritório colorado era produzir carteiras para novos associados ao clube, tarefa bem mais trabalhosa naquele tempo. “Era feito em datilografia, passava o dia confeccionando carteiras. Recortava e colava as fotos, enchia caixas com novas carteirinhas. Um trabalho bem mais trabalhoso do que atualmente”, frisa Betão.

Edenílson, Inter, São Paulo, treino, futebol, Brasileirão
Edenílson volta ao time colorado para o duelo com o São Paulo. Foto: Ricardo Duarte / divulgação Inter

Quando o Inter joga no Beira-Rio, o taxista faz questão de comparecer ao estádio para apoiar o time. Ele tem a companhia da esposa e das duas filhas (Melissa e Marina). A família dificilmente falta a uma partida. “No último jogo, contra o Vitória, fiquei bravo com as vaias no intervalo. Pô, para quem viu no Beira-Rio jogos contra Luverdense e CRB ano passado, não pode reclamar da equipe que está brigando pelo título esse ano”, pontua o torcedor.

Betão e Kity estiveram no Beira-Rio em todos os jogos do Inter na Série B do ano passado. Passado o pior momento da história do clube, o casal tem esperança de ver o Inter tetracampeão brasileiro em 2018. “A gente tem esperança, mas já foi maior. Nome e camisa não ganham mais jogo. Na última rodada vimos isso. É estranho, parece que quanto pior for o time, menos o Inter joga”, analisa.

Para o próximo desafio do Inter, contra o São Paulo, neste domingo, às 16h, no Beira-Rio, Betão prevê dificuldades, mas vê obrigação de vitória. “Nessa altura do campeonato, todos os jogos são chave, mas esse é primordial. O São Paulo é um time organizado, mas temos que ganhar, empate não serve. Como torcedor, quero que o Palmeiras (atual líder do campeonato) perca todos os jogos, menos domingo, contra o Grêmio”, comenta.

O colorado é vice-líder do Brasileirão com 53 pontos, enquanto o São Paulo é o quarto, com um ponto a menos. A dez rodadas do final da competição, o confronto ganhou uma importância ainda maior pelos resultados do último final de semana. Cerca de 43 mil colorados, incluindo Betão e Kity, devem estar no Beira-Rio para apoiar a equipe. A provável escalação do Inter para o duelo tem Marcelo Lomba; Fabiano, Emerson Santos, Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Edenílson, Patrick, Nico López e William Pottker; Leandro Damião (D’Alessandro).

Últimas Notícias

Destaques