Edição 2018 da Feira Municipal de Iniciação Científica reuniu 54 projetos dos estudantes da rede municipal de ensino
A 3ª edição da Feira Municipal de Iniciação Científica, a Femic, teve como destaque os trabalhos da escola Etelvino de Araújo Cruz, pelos anos finais, e da escola Ana Beatriz Lemos, pelos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os trabalhos “A questão da água na Rua Nova” e “Qual a forma correta da separação do lixo?” receberam troféus pelos resultados alcançados.
Neste ano, a Femic ocorreu no ginásio da EMEF Dr. Walter Belian, no bairro Rui Barbosa. O evento reuniu 54 projetos dos alunos das 28 escolas municipais de Montenegro, entre Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Os pequenininhos iniciaram sua participação no evento já na tarde de quinta-feira, dia 23. Já os maiores, do Ensino Fundamental, começaram a expor seus trabalhos na manhã de sexta, dia 24.
A exposição foi aberta para a comunidade e seguiu até a manhã de sábado, dia 25, quando houve a esperada premiação. Os trabalhos do Fundamental foram avaliados por uma comissão de 52 avaliadores, que analisaram diferentes critérios.
Além dos grandes vencedores, outros quatro projetos foram selecionados para participar da Mostratec, um evento de organização da Fundação Liberato, que ocorre em outubro, e reúne jovens pesquisadores de todo o país. A Feira também tem a modalidade “baby”, que terá a participação de outros cinco projetos da Educação Infantil que estiveram na Femic.
Sobre a Feira Municipal, a coordenadora do evento e diretora do Departamento de Educação da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec), Cláudia Mombach, destaca a evolução dos alunos quanto a qualidade das pesquisas apresentadas. “O número de projetos aumentou e eles evoluíram muito. Nós estamos na terceira edição e a gente vê que as escolas vêm se aprimorando”, comemora.
Kadu adianta que evento será oficializado em lei
Na abertura da exposição do Ensino Fundamental, o prefeito, Carlos Eduardo Müller adiantou uma novidade: já se encontra na Procuradoria Geral um Projeto de Lei que oficializa que a Femic, a FeRural e a FeUrbana – essas, outras duas tradicionais mostras das escolas municipais – ocorram anualmente. Desta forma, os eventos se tornam oficiais e deixam de correr o risco de serem descontinuados durante as trocas de um governo para outro.
A curiosidade aguçada que leva às descobertas
Em sua fala oficial, o prefeito Kadu Müller definiu a finalidade da Femic como a busca pelo aguçar da curiosidade dos jovens como algo que os impulsione a ir sempre além em suas descobertas. E o projeto da pequena Ana Carolina Feistler, de dez anos, e de seus colegas do quarto ano da EMEF Bello Faustino dos Santos, em Fortaleza, provam bem isso.
Lá, os alunos buscaram desvendar um “grande” mistério: será que misturar melancia e leite faz mesmo mal? Dentro disso, Ana conta que as descobertas foram muitas. “A gente pesquisou bastante. Descobriu que a melancia é feita 70% de água e que faz muito bem, até para o intestino”, relata.
A escola recebeu uma palestra sobre o uso de agrotóxicos no plantio da fruta e Ana fez buscas na internet sobre a relação dela com o leite. “A gente descobriu que tudo era um mito. Isso foi inventado na época da escravidão para que os escravos só bebessem leite e não comessem a melancia”, explica a aplicada estudante. “Só faz mal, se comer demais”. Em um experimento, ela e os amigos fizeram picolés cremosos de melancia.
Na Feira, quem define os temas são os próprios alunos, que começam a trabalhar na mostra desde o início do ano. “A pesquisa eles adoram. É a parte que mais gostam” conta a professora Adriana Kranz, da EMEF Carlos Frederico Schubert. “É o interesse deles que vai guiando tudo”. Cada escola faz uma feira própria onde os melhores trabalhos são selecionados para representação na Femic.