Dedetizar o carro é imperativo, mas de forma eficaz e cuidadosa
Limpar adequadamente o veículo sempre foi uma ação imprescindível, e realizada com atenção aos componentes eletrônicos e revestimentos. Não é qualquer produto que pode ser usado. E neste momento de Covid-19, quando higiene e sanitização estão na ordem do dia, as montadoras estão tendo a delicadeza de orientar, tanto a respeito do asseio pessoal (e para ficar em casa, se puder), quanto do veículo.
A montadora Hyundai, por exemplo, lançou um texto com o médico infectologista Lucas Chaves, que começa dizendo, “se estiver com sintomas de gripe, não é para sair de casa…”. Ele assinala que o carro é uma extensão da casa, inclusive com os mesmos grupos de bactérias e vírus. Então se repete a orientação de não receber visita, que neste caso significa não dar ou pegar carona.
A grande recomendação é limpar as peças do carro todas as vezes que for entrar no veículo. Primeiro, limpe suas mãos. Depois, higienize a maçaneta interna da porta, o volante e alavancas do câmbio e do freio de mão. Todavia, é importante saber que o álcool em gel 70%, apesar de eficaz no combate ao novo coronavírus, pode danificar as peças do carro.
O mais indicado é utilizar água e sabão neutro. Uma saída simples é usar um borrifador pequeno, com a mistura de água e sabonete infantil, para umedecer todo o painel, inclusive a tela da central multimídia. Em seguida, com um pano macio de microfibra, esfregar com vigor. E não é demais lembrar que esta ação deve ser repetida em caso de usar serviço de manobrista.
Não use detergente e ande de janelas abertas
Nunca use alvejante, água sanitária ou água oxigenada, principalmente no estofamento. Evite também produtos de limpeza à base de amônia nas telas e painéis, pois podem comprometer o funcionamento. Limpar botões de comando e alavancas de seta e faróis também é importante. E nestas peças ‘duras’, na falta do sabão neutro, pode ser aplicado o álcool líquido (não em gel).
No caso de estofamento de couro, este pode ser limpo com álcool líquido. Todavia, no longo prazo, o melhor é usar sabão em barra e água. Essa solução não costuma danificar o couro, e é indicada também para o revestimento de tecido sintético. A única recomendação é preparar a mistura para que não faça espuma, para não deixar os bancos umedecidos e assim criar fungos.
E entre ar-condicionado ou janela aberta, durante as semanas mais agudas do isolamento, a preferência deve ser pelo interior arejado com circulação do ar externo. Inclusive, o ar-condicionado, independente da pandemia, de ser limpo a cada seis meses.
Cuidados com o carro que ficar parado
Pneus podem sofrer deformações. Para evitar, coloque calibragem máxima permitida pelo fabricante antes de deixá-lo estacionado. A palheta do limpador também pode sofrer danos e, por isso, deixe-a afastada do vidro. O veículo mesmo parado consome energia, então a melhor alternativa é rodar pequenos trajetos a cada 15 dias em média para não ficar sem bateria.
Entre estas orientações divulgadas pela Nakata Automotiva, fabricante de autopeças, está uma em relação ao tanque. O ideal seria escoar todo o combustível, mas nem sempre isso é possível. Há quem defenda que ele fique cheio, evitando assim oxidação; porém a tendência é que o combustível se deteriore a partir do segundo mês; o que não ocorre com a gasolina aditivada.