Cufa lança projeto de conectividade “Mães da Favela On”

Liane Pereira da Silva está entre contempladas do projeto “Mães da Favela On”, no município . Foto: arquivo pessoal

No município serão mil contempladas com acesso à internet, ligações e conteúdos educativos

Democratização da internet, inclusão digital, conectividade e retomada econômica nas favelas e periferias. São os propósitos do projeto “Mães da Favela On”, que nasceu da Central Única das Favelas (Cufa) e beneficiará mil mães das comunidades de Montenegro (com meta de até 500 mil chips para progenitoras de comunidades em todo o país). O lançamento oficial acontece nesta quinta-feira, dia 24.

A iniciativa tem como parceira a TIM Brasil, que disponibilizará às contempladas chips com acesso 24h por dia de WhatsApp gratuito, ligações para todo o Brasil e para qualquer operadora, além de 1 GB de internet livre e 24h de internet controlada (com acesso a conteúdos de educação, negócios e cultura). O período de utilização é de seis meses e a previsão de distribuição é em 1° de outubro.

O jornalista, sociólogo e coordenador geral da Central Única das Favelas (Cufa) em Montenegro, Rogério Santos detalha que desses mil chips direcionados à cidade, 275 serão para cadastradas no “Mães da Favela” na cidade e 725 para mães de periferias que deixarem mensagem na página da Cufa Montenegro no Facebook, onde pré-cadastros já estão sendo feitos. “Percebemos que a pandemia atinge direto as mulheres das comunidades, principalmente na questão de como a conectividade é essencial para qualquer movimentação de retomada econômica. E especialmente em um momento em que os filhos estão fora da escola, em casa”, explica.

Rogério ainda destaca que uma plataforma com conteúdos educativos e de empreendedorismo (de conexão ilimitada) foi criada especialmente para o projeto. Desenvolvida sob a supervisão da Unesco, sua curadoria fica a cargo do Centro de Inovação pela Educação Brasileira, a partir de colaboradores do Instituto Península, Fundação Roberto Marinho, Canal Futura, Portal Educa e SOS Educação. “Há conteúdos educacionais para crianças desde a primeira infância até o ensino fundamental 2. Também, com foco nas mães, estratégias para complementar o processo educativo dos filhos até como fazer bolos e salgadinhos para venda, com cálculo de custos e margem de lucro”, explica.

Liane Pereira da Silva está entre contempladas do #Maetaon no município. Para ela, que é mãe de seis crianças, o programa auxiliará principalmente viabilizando acesso aos conteúdos de aula dos filhos. “Como são séries variadas e três escolas diferentes, tem muito conteúdo virtual que precisa ser baixado. E nem sempre sobra R$ 20,00 para recarga telefônica”, desabafa.

Como forma de economizar, Liane conta que chegou a recorrer, nesse meio ano de aulas remotas, à Lan House e impressão de conteúdos. “Mas tudo é tão caro, que o projeto será uma benção. E além de ligações e WhatsApp, terá conteúdos educativos ilimitados”, termina.

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