Criminoso usa rede social para a venda de dinheiro falsificado

Polícia adverte que receptor pode ser penalizado com até 12 anos de prisão

Em um perfil falso, o homem se identifica como Jonas Ribas

Mais uma vez as redes sociais são usadas por criminosos que tentam aplicar golpes na população. Em Montenegro, um homem usa a página do Tá Pra Brique, no Facebook, para oferecer cédulas falsas. O meliante pede para que os interessados entrem em contato pelo WhatsApp e garante que o material apresenta boa qualidade. A Polícia informa que os compradores, assim como o vendedor, podem ser penalizados com reclusão de até 12 anos.

Em um perfil, provavelmente falso, o homem se identifica como Jonas Ribas. Sem disfarçar o tipo de negociação que pretende fazer, ele anuncia seu produto. “Vendo notas fakes de cédulas de ótima qualidade. Notas com numeração de série e papel real”, detalha o criminoso. Ele pede para que interessados entrem em contato por meio de outro aplicativo e deixa seu número para contato.

Ações como essa têm ocorrido com frequência nas redes sociais, comenta o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, Paulo Ricardo Costa. “É uma conduta já vista. Chama atenção o entendimento que o meliante tem de que, por se tratar de um crime praticado pela internet, ele tem certa privacidade, e que a polícia não conseguiria chegar a ele. No entanto, crimes cometidos pela rede deixam rastros, com razoável margem de certeza sobre os dados de quem faz a operação”, assegura o policial.

Como identificar se a nota é falsa

Quem compra ou porta cédulas falsas comete crime
O crime pode ser enquadrado de duas formas. Quando a falsificação é considerada grosseira, trata-se de estelionato. Neste caso, a punição para quem vender, trocar ou portar o material é de um a cinco anos de prisão. Quando a produção conta com mecanismos que dificultam a identificação da fraude, o ato é tratado como crime de moeda falsa e sua punição pode variar, segundo o artigo 289 do Código Penal Brasileiro, de 3 a 12 de detenção. “Quem compra comete o mesmo crime de quem vende”, observa o delegado.

Segundo ele, o cidadão que tiver acesso a uma nota falsa deve procurar a Polícia e denunciar o caso para que seja aberta uma investigação sobre a procedência do dinheiro falso. “As impressões de cédulas normalmente são feitas em impressoras com jato de tinta, o que caracteriza uma falsificação grosseira que facilmente é identificada por quem pega a nota”, aponta.

Conforme o delegado, o caso será informado à Polícia Federal, que é responsável por apurar crimes de moeda falsa. No primeiro trimestre deste ano, não há registros de ocorrência sobre o recebimento de notas ilegítimas na cidade.

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